
Mesmo com IOF, projeção para o câmbio chega a cair
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externosMesmo com IOF, projeção para o câmbio chega a cair Por Agência Estado
25/10/2009 às 21:01
Dê de presenteMantega ganhou a simpatia dos empresários com a medida para conter o dólar (Foto: Antonio Cruz/ABr) A cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 2% sobre o
capital estrangeiro direcionado para bolsa de valores e renda fixa provocou mais polêmica do que efeito prático. Não bastasse o dólar ter voltado a cair depois do impacto inicial da medida,
a maioria absoluta dos analistas de mercado financeiro não mudou suas projeções para a cotação da moeda americana para o fim deste ano e de 2010.
Uma pesquisa com 20 instituições financeiras mostra que apenas uma alterou para cima sua estimativa em relação ao câmbio. Houve até quem tenha revisado para baixo os números. "Não
acreditamos na eficiência da medida para alterar os fluxos de capitais", disse o economista-chefe do Banco Santander e ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman. "O câmbio vai
continuar escorregando e pode chegar, no curto prazo, a R$ 1,60", completa o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Na sexta-feira, o dólar caiu 0,70%, e encerrou a semana valendo
R$ 1,713.
O economista-chefe da Bradesco Corretora, Dalton Gardiman, lista três razões para justificar por que a cobrança do IOF não altera suas previsões. A primeira delas diz respeito às dúvidas
sobre a efetividade, o que leva automaticamente para o segundo fator: a possibilidade de revogação. "Dado o efeito inicial, muitos se perguntam se o governo não voltará atrás." Por fim,
Gardiman lembrou que, nos dias de hoje, há muitas formais legais de o investidor driblar a restrição imposta pelo governo.
O sócio da MCM Consultores e ex-diretor do BC, José Julio Senna, acredita que o governo só conseguiria interferir de fato na trajetória do dólar se "radicalizasse", ou seja, adotasse medidas
como controle de capitais ou até mesmo fixasse a taxa de câmbio. "Duvido que o governo faria isso, pois ‘desplugaria’ o Brasil do resto do mundo."
Fazenda vs. DesenvolvimentoOs empresários e o Ministério do Desenvolvimento estão, aparentemente, em lados opostos sobre que remédio adotar para conter a valorização do real. Ao criticar a
incidência de 2% de IOF sobre capital estrangeiro, o ministro Miguel Jorge foi contra uma demanda das entidades empresariais. Tradicionalmente, o ministério do Desenvolvimento é mais
heterodoxo e defende medidas de apoio aos exportadores. Preocupado com a inflação e com o gasto público, o ministério da Fazenda tende a ser mais ortodoxo. Na semana passada, os papéis se
inverteram. "Graças a Deus, o ministro Guido Mantega surgiu com essa iniciativa de defender o câmbio", disse o diretor de comércio exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca.
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