Depois do recado de bruxelas, chega o do fmi:

Depois do recado de bruxelas, chega o do fmi: "o que portugal precisa... "

Play all audios:


Esta semana, a Comissão Europeia atualizou as projeções económicas para Portugal e deixou uma série de recados ao novo Executivo. Na terça-feira, também o Fundo Monetário Internacional (FMI)


teceu alguns comentários sobre o país e, inclusive, deixou uma recomendação.  "O que Portugal precisa..." O FMI aconselha Portugal a uma política orçamental mais flexível este ano


devido ao impacto económico das tensões comerciais causadas pelas tarifas norte-americanas, pedindo ainda mais investimento público para aumentar o crescimento a longo prazo. "Apoiamos


uma política orçamental mais flexível em 2025, tendo em conta alguns dos fatores adversos a que assistimos do lado comercial", afirmou o diretor para a Europa do FMI, Alfred Kammer, em


entrevista à agência Lusa em Bruxelas. "Quando olhamos para a nossa previsão do lado orçamental, a longo prazo, Portugal deverá continuar a ter um excedente primário e a reduzir a


dívida pública", acrescentou. De acordo com o responsável do FMI, "o que Portugal precisa a médio prazo é de um aumento do investimento público". Para Alfred Kammer, a


"absorção total" dos fundos e a implementação das reformas apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) "são especialmente importantes" e urge pensar já num


programa que lhe suceda. "A implementação do PRR, tanto do lado do investimento público como do lado das reformas estruturais, é crucial porque ajudará a aumentar a produtividade e o


crescimento a longo prazo", assinalou. Além disso, "quando esse programa terminar [em 2027], a manutenção do mesmo nível de investimento terá de ser financiada pelo orçamento de


Portugal e, como é óbvio, precisamos de ter espaço orçamental para o fazer", sugeriu. Nesta entrevista à Lusa, Alfred Kammer defendeu ainda que "poderá ser criado espaço adicional


através de uma série de reformas que o FMI tem vindo a discutir com o Governo, incluindo a reforma fiscal e a utilização de revisões da despesa para aumentar a eficiência". "E


também precisamos de pensar em como lidar com as pressões adicionais sobre as despesas [decorrentes do envelhecimento da população, da transição ecológica, da defesa] utilizando parte desse


espaço orçamental", propôs ainda. A posição surge um dia após a divulgação das previsões de primavera da Comissão Europeia, mais pessimistas do que as do FMI e as do Governo português.


A Comissão Europeia atualizou, na segunda-feira, as previsões económicas para Portugal - e aproveitou para deixar uns recados ao novo Governo. Recordamos o essencial. Notícias ao Minuto com


Lusa | 07:28 - 20/05/2025 Leia Também: Dívidas que o Fisco já não consegue cobrar baixam. Porque há prescrição?