
Coreia do norte envia objetos misteriosos a navio de guerra, revelam fotos | cnn brasil
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Novas imagens de satélite mostram que a COREIA DO NORTE posicionou o que parecem ser BALÕES ao lado de seu NAVIO DE GUERRA DANIFICADO DE 5.000 TONELADAS, que estava tombado e parcialmente
submerso desde um lançamento malsucedido na semana passada. Embora a finalidade dos objetos não esteja clara, especialistas disseram à CNN INTERNACIONAL que eles poderiam ser usados para
ajudar a reerguer o navio ou protegê-lo dos olhares curiosos de drones. O contratorpedeiro atingido era o mais novo NAVIO DE GUERRA DO PAÍS e deveria ser um triunfo do ambicioso esforço de
MODERNIZAÇÃO NAVAL DA COREIA DO NORTE. Em vez disso, um mau funcionamento no mecanismo de lançamento fez com que a popa deslizasse prematuramente para dentro da água, esmagando partes do
casco e deixando a proa encalhada na pista, informou a mídia estatal KCNA, em uma rara admissão de más notícias. O líder norte-coreano Kim Jong Un, que testemunhou o lançamento fracassado na
cidade de Chongjin, no nordeste do país, chamou o ocorrido de "ato criminoso" e ordenou que o país consertasse rapidamente o navio, ainda sem nome, chamando-o de uma questão de
honra nacional. Desde então, as autoridades têm se esforçado para reparar os danos e punir os responsáveis, detendo quatro pessoas nos últimos dias, incluindo o engenheiro-chefe do
estaleiro. Analistas dizem que balões parecem estar sendo usados no esforço da COREIA DO NORTE para consertar rapidamente o destróier. "O que parecem ser balões foram instalados não
para reflutuar o navio, mas para evitar que ele sofra mais inundações", disse o deputado Yu Yong-weon, legislador da Assembleia Nacional da Coreia do Sul e analista militar. O capitão
aposentado da Marinha dos Estados Unidos, Carl Schuster, disse que se os objetos forem de fato balões, eles podem ter um de dois propósitos: impedir o "reconhecimento de drones de baixo
a médio nível" ou reduzir o estresse da parte do navio ainda encalhada no píer. “Essa é a área que tem maior probabilidade de ter sido danificada, sofreu os danos mais graves e
permanece sob intenso estresse, enquanto a área da frente permanece fora d'água”, disse ele. Nick Childs, pesquisador sênior de forças navais e segurança marítima no Instituto
Internacional de Estudos Estratégicos, disse que a COREIA DO NORTE pode correr o risco de danificar ainda mais o navio se estiver usando balões para mantê-lo flutuando ou elevá-lo. “É muito
provável que o navio esteja sob bastante estresse de qualquer maneira”, e içá-lo de cima pode agravar esse estresse, disse ele. O procedimento normal seria obter o máximo de flutuabilidade
possível no navio e então içá-lo por baixo, disse Childs. De acordo com imagens de satélite compartilhadas pela Maxar Technologies, mais de uma dúzia de objetos brancos, semelhantes a
balões, foram posicionados ao redor do destróier desde 23 de maio. Com base no formato dos objetos e no que parecem ser barbatanas de cauda, eles podem ser versões menores do que
conhecemos como aeronaves aeróstatas, balões com uma leve semelhança com dirigíveis, disseram especialistas em defesa à CNN INTERNACIONAL. Assim como os dirigíveis, estes objetos flutuam
graças a um gás de sustentação que os permite flutuar no ar ou na água. As imagens não parecem mostrar nenhuma bexiga de flutuação sustentando o casco ou a fuselagem do navio, disse Schuster
– algo que os EUA poderiam usar em tal situação. Ele acrescentou que a indústria marítima da COREIA DO NORTE pode não ser avançada o suficiente para tais técnicas. A mídia estatal
norte-coreana havia noticiado anteriormente que os danos foram menos graves do que se temia inicialmente e que não havia furos no casco, embora houvesse arranhões na lateral e um pouco de
água do mar tivesse entrado na popa. A estimativa era de que os reparos pudessem levar cerca de 10 dias – embora os analistas estejam céticos. Schuster havia dito anteriormente à CNN
INTERNACIONAL que o trabalho de reparo poderia levar até seis meses, dependendo da extensão dos danos no casco, da quantidade de água que entrou no navio de guerra e da quantidade de
"crosta de sal" que pode ter se formado em superfícies metálicas, como juntas. A posição precária do navio também torna a operação de salvamento extraordinariamente complexa.
"Tê-lo meio dentro e meio fora d'água é basicamente a pior situação possível", disse Decker Eveleth, analista de pesquisa associado da CNA, uma organização sem fins lucrativos
especializada em pesquisa de defesa. Ele acrescentou que a operação seria mais simples se o navio tivesse virado completamente na água ou se tivesse caído completamente em terra. "Mas,
como está metade em terra e metade na água, se você tentar puxar a metade afundada para fora, corre o risco de torcer e quebrar a quilha", disse Eveleth, referindo-se à espinha dorsal
estrutural que percorre o fundo do navio. "E se fizer isso, o navio inteiro vira sucata." Childs disse que a COREIA DO NORTE pode ter que cortar o navio em pedaços e depois tentar
salvar o que puder, porque endireitá-lo de sua posição atual é uma tarefa extremamente complexa. “Muitas vezes, a única maneira de liberar o cais […] é desmontar pelo menos parte do navio
para facilitar a operação, consertar o que sobrou, rebocá-lo e decidir se vai reconstruí-lo ou desmantelá-lo”, disse ele.