
Sob ‘prefeito tiktok’, gestão municipal do recife tem mais cargos comissionados do que o governo de pernambuco
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A reforma administrativa de João Campos (PSB), aprovada pela Câmara Municipal do Recife, aumentou para 3.555 o número de cargos comissionados da administração municipal. O total, conforme
reportagem da Folha de S.Paulo, supera o do governo de Pernambuco, liderado por Raquel Lyra (PSDB), que possui 3.378 desses postos, considerando os novos cargos estaduais implementados em
janeiro deste ano. A criação de 423 cargos na Prefeitura é vista como um aceno político de Campos à sua base, conforme a Folha, com foco na disputa pelo governo do estado em 2026, onde o
prefeito e a governadora são apontados como potenciais adversários. A gestão municipal, por sua vez, afirma que o impacto financeiro da reforma representa menos de 1% da Receita Corrente
Líquida do Recife. O vereador Thiago Medina (PL-PE) criticou a medida, alegando que o custo adicional de quase R$ 70 milhões por ano e o alto número de cargos comissionados per capita no
Recife, comparado ao estado. “Recife hoje possui mais secretarias do que o governo Bolsonaro tinha ao final de 2022, que contava com vinte e três. O aumento no número de secretarias custará,
apenas com os acréscimos, mais de 60 milhões de reais a mais por ano aos cofres de Recife”, disse. Por outro lado, a Prefeitura justifica que a reforma atende às novas demandas da cidade e
menciona ações como a ampliação de vagas em creches, unidades de saúde e concursos públicos realizados nos últimos anos. Segundo nota oficial, a despesa com pessoal está em 41,62% da Receita
Corrente Líquida, o menor índice histórico do município. A reforma também incluiu aliados estratégicos em cargos-chave, como o petista Vinicius Castello, ex-candidato à Prefeitura de
Olinda, e a ex-prefeita de Surubim Ana Célia (PSB). Ambos assumiram funções em secretarias-executivas.