Tarifas da emtu (ônibus e trólebus) também aumentam em janeiro de 2024; veja os valores

Tarifas da emtu (ônibus e trólebus) também aumentam em janeiro de 2024; veja os valores


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Publicado em: 27 de dezembro de 2023 _Aumentos são para as Regiões Metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba e Vale do Paraíba / Litoral Norte_ _ADAMO BAZANI_ O


Governo do Estado de São Paulo definiu nesta quarta-feira (27) as tarifas de ônibus e trólebus gerenciados pela EMTU que vão entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024. O reajuste


médio é de 13,64%. Os valores variam de acordo com a extensão das linhas e tipo de serviço, divididos entre comuns e seletivos. No Corredor ABD, o valor irá de R$ 5,10 para R$ 5,80. Quanto


ao sistema de trilhos, o Governo do Estado já havia definido o valor, que passará em 1º de janeiro de R$ 4,40 para R$ 5. Segundo a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), o


aumento é inferior à inflação de 28,40%, acumulada desde a última revisão tarifária, em janeiro de 2020, segundo o IPC-Fipe. _Além disso, o reajuste se deve também ao aumento dos


combustíveis e outros bens de consumo de operação, como a elevação do custo de mão de obra e, no caso dos veículos elétricos, também a elevação do custo da energia elétrica._ A EMTU gerencia


e fiscaliza mais de 900 linhas metropolitanas em 134 municípios de cinco regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. As tarifas das linhas variam de acordo com a região em que estão


inseridas, trajeto percorrido e também o tipo de serviço prestado – comum, seletivo, especial, corredor e VLT, por exemplo. As novas tarifas por linhas podem ser consultadas no site da EMTU.


https://www.emtu.sp.gov.br/emtu/itinerarios-e-tarifas/tarifas-em-formato-pdf.fss Já os ônibus municipais da capital paulista, gerenciados pela SPTrans (São Paulo Transporte), não terão


reajuste na tarifa em 2024, entrando pelo quarto ano consecutivo de congelamento. Isso vai provocar um descompasso na integração entre trilhos e ônibus municipais de São Paulo (SPTrans). As


integrações continuam normalmente, mas Tarcísio de Freitas confirmou que a parcela correspondente ao Estado (trilhos) vai sofrer o mesmo reajuste proporcional de 13% aproximadamente. A


parcela correspondente à prefeitura de São Paulo (ônibus SPTrans) não terá aumento no valor, Desde 2012 as tarifas de ônibus (SPTrans) e trilhos eram as mesmas, o que será quebrado em 2024.


2011 Ônibus (SPTrans) – R$ 2,70 Trilhos – R$ 2,65 2010 Ônibus (SPTrans) – R$ 2,30 Trilhos – R$ 2,55 2009 Ônibus (SPTrans) – R$ 2,30 Trilhos – R$ 2,40 TARCÍSIO DIZ QUE SUBSÍDIOS SERIAM


INSUPORTÁVEIS: Na coletiva na parte da tarde desta quinta-feira (14), o governador Tarcísio de Freitas disse que os subsídios aos transportes seriam insuportáveis caso não houvesse o


reajuste nas tarifas dos trilhos e da EMTU. Segundo o Governador, os subsídios com aumento de tarifa vão ficar na casa dos R$ 2 bilhões em 2024, mesmo patamar de 2023. Sem reajuste, os


subsídios seriam maiores, de acordo com Tarcísio. Sobre a indisposição criada pela forma como o anúncio foi feito, de maneira não oficial inicialmente, Tarcísio se esquivou e disse que tinha


avisado o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Pela manhã, foi ventilado que as tarifas de ônibus municipais da capital paulista (SPTrans) aumentariam também, mas no início da tarde, a


prefeitura desmentiu a informação ventilada e disse que os ônibus não terão reajuste no valor das passagens. Tarcísio disse que sem subsídios, as tarifas de trilhos estariam na casa dos R$ 6


e da EMTU a partir de R$ 8 e que teme pela solvência das estatais Metrô e CPTM com o congelamento. VEJA NA ÍNTEGRA O QUE DISSE TARCÍSIO: _“Na verdade, houve a conversa. A decisão não foi


conjunta. Temos uma situação de estrutura de custo completamente diferente, sobretudo, do transporte sobre trilhos. Os subsídios para o transporte sobre trilhos, para as empresas, sobretudo,


CPTM e Metrô, já estão chegando na casa do insuportável. Temos que tomar cuidado com a solvência dessas empresas. Temos uma tarifa que se fossemos realmente reajustar, pelo que é devido, já


estaria na casa dos R$ 8,00 para EMTU, mais de R$ 6,00 na CPTM e Metrô, são três anos sem reajustes. A gente precisava fazer isso._ _A prefeitura tem uma outra situação, ela opera o


transporte sobre pneus, e percebeu que ela consegue suportar mais tempo a atual estrutura de custo e ao atual nível de subsídio. A prefeitura resolveu seguir com a tarifa de R$ 4,40


congelada, e o Estado vai reajustar a tarifa da EMTU, da CPTM e do Metrô, em um patamar que deve ser metade da inflação acumulada no período desses três anos que estão sem reajustes. Isso é


fundamental para fazermos o ajuste financeiro dessas empresas. Outras medidas vão ser tomadas, como a antecipação de recebíveis, iremos investir mais para auferir receitas não tarifárias,


tem questão de PDV, ou seja, toda uma reestruturação das empresas no que diz respeito a estrutura de custeio, para que a gente possa manter as nossas operações._ _Não tem problema nenhum em


relação a integração. Nós já tivemos essa situação no passado, as tarifas já estiveram descasadas, momento em que a tarifa do metrô descolou, era mais alta que a tarifa do ônibus. Aí você


tem um repasso diferente quando aquele usuário estiver adquirindo o bilhete da integração. No mais, não muda muita coisa no cotidiano do cidadão de São Paulo._ _A prefeitura tem condição de


manter a tarifa em R$ 4,40. Nós não temos mais condições de manter a tarifa. Mesmo reajustando, vamos aportar um recurso importante em termos de subsídio. Não podemos mais estar tirando o


dinheiro de outras áreas que são prioritárias. Nós temos um desafio da saúde, desafio da segurança pública, então não dá mais para tirar para subsidiar a atividade de transporte. Então temos


que equilibrar um pouco a conta. O subsídio ainda vai ser pesado ano que vem, ou seja, aquele reajuste que está sendo aplicado não traz neutralidade para a tarifa, não traz a receita


neutra, ou seja, o Estado ainda vai aportar dinheiro para subsidiar o transporte. Do contrário, teremos uma situação de precarização dessas empresas, e aí começamos a perder qualidade.


Depois de três anos sem reajuste é importante que façamos isso.”_ SUBSÍDIOS AO SISTEMA DE ÔNIBUS: Como mostrou o _DIÁRIO DO TRANSPORTE_, a prefeitura de São Paulo separou no projeto do


Orçamento para 2024, R$ 5,1 bilhões para subsidiar o sistema de ônibus gerido pela SPTrans. Relembre:


https://diariodotransporte.com.br/2023/10/04/orcamento-sem-tarifa-zero-nunes-preve-r-51-bilhoes-em-subsidios-para-onibus-em-2024/ Somente neste ano, já foram injetados nos serviços, em torno


de R$ 5,5 bilhões. Os subsídios são para bancar a diferença entre o que é arrecadado nas catracas dos ônibus e os custos totais do sistema, que em São Paulo giram em torno de R$ 11 bilhões.


A prefeitura diz que, sem subsídios, hoje a tarifa seria de aproximadamente R$ 8. Com isso, os subsídios são usados para custeio de integrações pelo Bilhete Único e gratuidades previstas em


lei. Os R$ 5,1 bilhões do Orçamento não levam em conta os custos da tarifa zero aos domingos, Natal, Ano Novo e aniversário da cidade. Para este fim, a Câmara aprovou, em primeira votação,


uma emenda de R$ 500 milhões no projeto do Orçamento. A troca de ônibus a diesel por elétricos, a ser custeada pela prefeitura que pagará a diferença entre os modelos a combustão e a


eletricidade, tem no Orçamento para 2024 a previsão de R$ 2,5 bilhões como injeção do município e ainda haverá mais R$ 5,75 bilhões captados por meio de financiamentos em instituições


nacionais, como BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e internacionais como BID e Bird. Relembre:


https://diariodotransporte.com.br/2023/10/16/orcamento-2024-onibus-eletricos-em-sao-paulo-vao-contar-com-r-25-bilhoes-em-2024-propoe-nunes-em-projeto-de-lei/ _ADAMO BAZANI, JORNALISTA


ESPECIALIZADO EM TRANSPORTES_