O mantra condutor  de uma vida

O mantra condutor de uma vida


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Ela segue este mandamento como um mantra em sua vida muitíssimo bem resolvida: advogada por vocação, professora por paixão e magistrada por missão. Seu espírito pautado pela alegria contagia


a todos, a ponto de ter composto cinco listas tríplices, um feito sem igual. "Tenho sonhos e saber conduzi-los para transformar a realidade é uma enorme motivação", justificou.


"Meu objetivo é um só: servir a causa da justiça. Sempre estive imbuída de um projeto existencial de respeito aos direitos e deveres, bem como do culto aos valores humanos",


acrescentou. Nomeada desembargadora pelo governador Romeu Zema, em março de 2024, empossada pelo então presidente do TJMG, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, Mônica Aragão Martiniano


Ferreira e Costa ingressou na instituição pela vaga do quinto constitucional (OAB) em decorrência da aposentadoria do desembargador José Mauro Catta Preta Leal. Na Segunda Instância, hoje


compõe a Segunda Câmara Cível. "Uma alegria infinita de realização", disse na ocasião. O falecido jurista e acadêmico Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza, homem de largo espectro


cultural, foi um de seus mentores na carreira profissional. A ponto de considerá-la "sucessora". "Gosto muito de ouvir", ressaltou a desembargadora. Ela ilustra sua


assertiva com a citação de um texto do escritor Rubem Alves, "Escutatória". Eis um trechinho: "Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de


escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir". Em sala de aula, palco de amor e dedicação por quase 30 anos, relembrou, chegou a aplicar em seus alunos


a brincadeira do telefone sem fio, a fim de que os mesmos descobrissem como a mensagem se deturpa no desenrolar do processo. Suas leituras gravitam na seara do autoconhecimento para uma


maior clareza mental, emocional e espiritual. Ajudam-na em interação e aumentam a percepção do eu e do mundo. "Somos espíritos tendo uma experiência humana", resumiu. Ao lado do


engenheiro civil e advogado, Ronaldo da Silva Ferreira e Costa, marido e companheirão, são 34 anos de matrimônio, sem contar o período de namorico. Uma vida simples, repleta de momentos


contemplativos e reflexivos, preenchida com caminhadas em parques, praças, avenidas. A dança e a música integram suas atividades extracurriculares, desde criancinha, assim como a ginástica


em academia. Nos fins de semana, garantiu, é essencial um giro pelo Mercado Central, para o cafezinho com broa. "Sou movida a mineiridade", reforçou. O bucolismo das estâncias


hidrominerais, localizadas no sul de Minas, são um outro atrativo. A desembargadora é proprietária de imóvel em Caxambu, onde curte a algazarra das maritacas, a energia salutar das águas


termais e a paisagem da Serra da Mantiqueira. Mônica Aragão formou-se em direito pela Faculdade Milton Campos, em 1991. Concluiu o mestrado em direito administrativo pela UFMG. Exerceu


cargos de assessora jurídica no TJMG de 2000 a 2008; de subcontroladora de correição administrativa do Poder Executivo de MG, no período de 2012 a 2014; e de subprocuradora-geral do TCMG, em


2023. Ademais, militou na advocacia liberal com foco no direito constitucional, direito administrativo e direito civil, tendo experiência na advocacia extrajudicial e contenciosa. No


magistério, atua como professora no curso de graduação da Faculdade de Direito Milton Campos nas disciplinas de Teoria do Estado e Teoria da Constituição e também professora em cursos de


pós-graduação. Em 2018, recebeu o título de cidadã honorária de Timóteo, no Vale do Aço.