Pechincha ou desperdício? Britânico compra navio que naufragou na Segunda Guerra

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facebook X whatsapp A curiosidade inusitada é que o navio (um cargueiro britânico SS Almond Branch) permanece afundado no fundo do Canal da Mancha, entre a França e a Inglaterra. Foto:


Reprodução A embarcação foi torpedada por um submarino alemão em 1917 e até hoje permanece em estado avançado de deterioração, a 50 metros de profundidade. Foto: Reprodução/Facebook Apesar


de estar consciente de que o navio era apenas uma pilha de ferro enferrujado sem valor comercial ou histórico, Robinson comprou os direitos legais sobre ele por puro desejo pessoal. Foto:


Reprodução/Facebook "Porque eu sempre quis ser dono de um navio afundado. Ter o meu próprio naufrágio, entende?", disse o britânico. Foto: Reprodução/Facebook Apesar de ser o "proprietário",


ele não pode impedir outros mergulhadores de visitar os destroços — sua única vantagem legal é poder reivindicar objetos retirados sem sua permissão. Foto: Reprodução/Facebook A aquisição


foi possível graças a uma antiga lei britânica, criada após a Segunda Guerra Mundial, que permite ao governo vender embarcações naufragadas em águas inglesas, desde que elas não tenham mais


dono. Foto: Divulgação/Great Lakes Shipwreck Historical Society O SS Almond Branch, inclusive, já havia sido comprado por uma família inglesa nos anos 1970, na esperança de encontrar


tesouros escondidos — expectativa que logo se revelou frustrada. Foto: Reprodução Décadas depois, os restos do navio foram anunciados no Facebook Marketplace, o que chamou a atenção de


Robinson. Foto: Reprodução/Facebook Atualmente, o navio está em péssimo estado e sem qualquer item de valor em seu interior — o próprio Robinson tratou de confirmar isso em um mergulho


recente. Foto: Reprodução O inglês afirma que seu único desejo atual é encontrar o sino original da embarcação. "Meu sonho é encontrar o sino do navio e levá-lo para casa", disse ele. Foto:


Reprodução Especialistas, como o técnico em patrimônio subaquático Michael Williams, criticam a compra, apontando que ela traz mais obrigações do que vantagens. "Não vejo nenhuma vantagem em


ter um naufrágio", ponderou. Foto: Reprodução "Quem compra um navio afundado fica automaticamente responsável por tudo o que aquele naufrágio possa causar, como vazamentos de poluentes e


danos ao meio ambiente", analisou. Foto: Reprodução Um outro caso parecido aconteceu nos anos 1980, quando o milionário norte-americano Gregg Bemis adquiriu os direitos sobre os destroços do


Lusitania, o segundo naufrágio mais famoso da história, atrás apenas do Titanic. Foto: Wikimedia Commons/George Grantham Bain O navio tinha sido afundado por um submarino alemão durante a


Primeira Guerra Mundial, na costa da Irlanda, causando a morte de 1.195 pessoas — a maioria americanos. Foto: Domínio público Na época, Bemis não estava interessado em lucro. Seu objetivo


era resolver um mistério histórico: a causa de uma segunda explosão ocorrida logo após o impacto do torpedo. Foto: Domínio Público/The Illustrated London News Bemis e alguns histo


riadores acreditavam que essa explosão adicional poderia ter sido provocada por um carregamento secreto de munições enviado pelos EUA à Inglaterra, disfarçado a bordo de um navio de


passageiros. Foto: Bundesarchiv, DVM 10 Bild-23-61-17 / CC-BY-SA 3.0 Há ainda teorias de Winston Churchill, então chefe do Almirantado Britânico, teria "sacrificado" o navio de propósito


para forçar os EUA a entrarem na guerra. Foto: Flickr - Yousuf Karsh