Países exigem de israel a 'retomada completa de ajuda' em gaza

Países exigem de israel a 'retomada completa de ajuda' em gaza


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Vinte e dois países, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Japão e Austrália, exigiram de Israel, nesta segunda-feira (19), "a retomada completa da ajuda na Faixa de


Gaza" de forma imediata e que seja organizada pelas Nações Unidas e ONGs. A ONU e as organizações humanitárias "não podem apoiar" o novo modelo para o fornecimento da ajuda a


este território palestino decidido pelo governo israelense, escreveram os serviços diplomáticos destes países em uma declaração conjunta transmitida pelo Ministério das Relações Exteriores


da Alemanha. Nove caminhões com ajuda da ONU foram autorizados a entrar na Faixa de Gaza nesta segunda-feira, anunciou o chefe humanitário da organização, Tom Fletcher, que classificou a


chegada como uma "gota no oceano". O governo israelense confirmou a entrada de apenas cinco veículos. A população em Gaza "enfrenta a fome" e "deve receber a ajuda


que necessita desesperadamente", exortaram os ministérios de Relações Exteriores de Austrália, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Itália, Japão,


Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia e Reino Unido. A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, também


assinou o texto. O "novo modelo de distribuição" que Israel acaba de decidir "coloca em perigo os beneficiários e os trabalhadores humanitários, afeta o papel e a


independência da ONU e de nossos parceiros de confiança e relaciona a ajuda humanitária a objetivos políticos e militares", declararam os signatários. "A ajuda humanitária nunca


deve ser politizada e o território palestino não deve ser reduzido ou submetido a nenhuma mudança demográfica", acrescenta o comunicado. Israel retomou em 18 de março suas operações


militares na Faixa de Gaza, rompendo uma trégua de dois meses, e no início de maio revelou um plano que prevê sua "conquista" e o deslocamento da maioria de seus 2,4 milhões de


habitantes em direção ao extremo sul deste território. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira que Israel "tomará o controle de toda" a


Faixa de Gaza. pyv/bds/eg/mb/yr/am