Desabamento de pontes na rússia deixa sete mortos e autoridades investigam 'terrorismo'

Desabamento de pontes na rússia deixa sete mortos e autoridades investigam 'terrorismo'


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Duas pontes desabaram após explosões durante a noite no sudoeste da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia, deixando pelo menos sete mortos, segundo as autoridades russas, que investigam


"atos de terrorismo". "Durante a noite, o presidente [Vladimir Putin] recebeu relatórios do [serviço de inteligência russo] FSB e do Ministério de Situações de Emergência


sobre os eventos que afetaram trens nas regiões de Kursk e Briansk", escreveu o Kremlin no Telegram.  O colapso das duas pontes foi classificado "como atos de terrorismo",


declarou a porta-voz do Comitê de Investigação da Rússia, Svetlana Petrenko, citada pela agência de notícias estatal RIA.  Na região de Briansk, "uma ponte rodoviária desabou como


resultado de uma explosão", disse o comitê em um comunicado, acrescentando que em Kursk, "uma ponte ferroviária também foi destruída por uma explosão". O primeiro incidente


ocorreu na noite de sábado e resultou no descarrilamento de um trem. "O desabamento de uma ponte sobre a ferrovia deixou sete mortos", indicou o governador da região de Briansk,


Alexander Bogomaz, acrescentando que 66 pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças. O acidente do trem N.86 entre Klimov, na região sudoeste de Belgorod, e Moscou, ocorreu às 22h44


(16h44 no horário de Brasília) do sábado na altura de Phishino-Vygonichi, indicaram as Ferrovias de Moscou no Telegram. Segundo a empresa, o colapso da ponte ocorreu devido a uma


"interferência ilegal na operação de transporte", e a circulação de outros trens não foi afetada. Imagens publicadas na internet pelas autoridades mostram uma seção da ponte


desabada e veículos danificados, enquanto as equipes de resgate se deslocavam. A zona do acidente está localizada a cerca de 100 quilômetros da Ucrânia, onde a Rússia lançou uma invasão em


fevereiro de 2022. Até o momento, as autoridades russas não estabeleceram nenhum vínculo com o conflito na Ucrânia, e Kiev não comentou oficialmente sobre o colapso das pontes. - Segunda


ponte desaba - Na manhã deste domingo (1º), o governador da região vizinha de Kursk, Alexander Jinstein, anunciou o desabamento de uma ponte ferroviária, na qual passava uma locomotiva, que


"caiu" na rodovia localizada abaixo e "pegou fogo". Os condutores ficaram feridos e foram levados para o hospital, acrescentou, sem especificar quantos eram.  Assim como


Belgorod e Briansk, a região de Kursk faz fronteira com a Ucrânia. As forças de Kiev tomaram 1.400 km² da região após uma ofensiva surpresa em agosto de 2024, mas a Rússia recuperou o


território. Desde o início do conflito, houve casos de sabotagem de ferrovias russas em áreas próximas à Ucrânia, a maioria realizada por jovens, às vezes menores de idade.  Kiev não costuma


comentar sobre estes atos em território russo. Mas, por vezes, considera-os como respostas legítimas às ofensivas russas contra sua rede ferroviária. Neste domingo, Moscou reivindicou a


tomada da localidade ucraniana de Oleksiivka, na região nordeste de Sumy, onde havia anunciado a tomada da cidade de Vodolagui um dia antes. A Ucrânia ordenou no sábado a evacuação


obrigatória de várias localidades nessa região por medo de uma grande ofensiva.  Na quarta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, disse que a Rússia estava reunindo 50.000


soldados em preparação para uma ofensiva contra Sumy. Pelo menos 12 soldados ucranianos morreram e mais de 60 ficaram feridos neste domingo em um ataque com mísseis russos contra sua unidade


de treinamento, anunciou o exército da Ucrânia. Zelensky afirmou, no mesmo dia, que uma delegação ucraniana participará das negociações com a Rússia em Istambul na segunda-feira (2). As


prioridades de Kiev são obter "um cessar-fogo completo e incondicional", bem como o "retorno dos prisioneiros" e das crianças ucranianas que acusa Moscou de sequestrar,


acrescentou. bur/roc/pt/hgs/zm/yr/mvv