BBC defende sua cobertura em Gaza após críticas da Casa Branca

BBC defende sua cobertura em Gaza após críticas da Casa Branca


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Internacional BBC defende sua cobertura em Gaza após críticas da Casa Branca Publicidade A BBC defendeu, nesta quarta-feira (4), sua cobertura de um ataque que deixou mortos e feridos no


domingo, perto de um centro de ajuda humanitária em Gaza, após ter recebido críticas da Casa Branca, que acusou a emissora britânica de acreditar no Hamas.


A Defesa Civil da Faixa de Gaza, um território palestino governado por este grupo islamista, relatou que disparos israelenses atingiram pessoas que se dirigiam a um centro de ajuda apoiado


pelos Estados Unidos em Rafah no domingo, deixando 31 mortos.


O Exército de Israel negou o seu envolvimento no incidente.


A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, indicou na terça-feira que os Estados Unidos estão "estudando a autenticidade" da informação sobre os tiros mortais.


"Diferentemente de alguns meios [de comunicação], não tomamos a palavra do Hamas como uma verdade absoluta", acrescentou.


Leavitt dirigiu suas críticas mais especificamente à BBC, alegando que a rede havia "multiplicado as manchetes" com diferentes balanços sobre o tema, e então "teve que corrigir e retirar


todo o seu artigo". 


Um porta-voz da emissora reagiu rejeitando as acusações. "A alegação de que a BBC removeu uma matéria depois de revisar as imagens é completamente falsa. Não retiramos nenhuma matéria e


respaldamos nosso jornalismo", disse a fonte.


Segundo a BBC, "as notícias e manchetes sobre o incidente de domingo no centro de distribuição de ajuda foram atualizados ao longo do dia com os últimos números de vítimas de diversas


fontes". 


"Os números foram sempre claramente atribuídos, desde os primeiros, de 15 (mortos), fornecidos pelos socorristas, passando pelos 31 relatados pelo Ministério da Saúde controlado pelo Hamas,


até a declaração final da Cruz Vermelha de 'pelo menos 21'", disse o porta-voz da rede.


A BBC já foi criticada no passado por sua cobertura do conflito entre Israel e Hamas. 


Em fevereiro, a rede se desculpou e reconheceu "falhas graves" em um documentário intitulado "Gaza: How to Survive a Warzone" (Gaza: Como sobreviver em uma zona de guerra, em tradução


livre), depois que se descobriu que um narrador de 13 anos da reportagem era filho de um dirigente de alto escalão do Hamas.


bur-psr/an/yr/jc


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