
Festas que formam a identidade nacional
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Editorial Festas que formam a identidade nacional Pensar a valorização dessas manifestações é refletir sobre a memória brasileira e, ao mesmo tempo, promover a interação social e a economia
Publicidade Junho está começando e, com ele, tradição, arte, turismo e economia movimentam o país por meio de eventos populares. As festas juninas, o Bumba meu boi e o festival de Parintins
são exemplos de celebrações que unem folclore, crenças e atividades sociais, mobilizando multidões onde são realizadas. Ao longo da história do Brasil, essas festividades foram construindo
um importante patrimônio e movimentando diversos setores. Muito além de entretenimento, a riqueza produzida por elas tem alcance social e financeiro.
Com raízes regionais, os festejos mantêm viva a essência do povo brasileiro, resgatando e transmitindo costumes e saberes. Músicas, danças, trajes e comidas típicas divertem e conquistam o
público, mas também carregam valores que devem ser preservados. Essa tradição vibrante e emblemática enaltece a vida em comunidade, reunindo pessoas de diferentes classes sociais.
Na região Norte, onde desde 1965 acontece o Festival Folclórico de Parintins, milhares de espectadores acompanham a disputa entre Boi Garantido e Boi Caprichoso, inspirada em lendas
amazônicas, rituais indígenas e aspectos da vida ribeirinha.
No Nordeste, o Bumba meu boi do Maranhão é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também como Patrimônio
Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Já na Paraíba, o São João de Campina Grande, famoso por sua
grandiosidade, oferece uma maratona de atrações – este ano distribuídas em 38 dias.
No Sudeste, as festas juninas são amplamente comemoradas. O Minas Junina 2025, de acordo com o governo do estado, terá a participação de mais de 400 municípios, com a expectativa de envolver
3 milhões de pessoas e movimentar cerca de R$ 20 milhões. Em São Paulo, no ano passado, cerca de 500 mil visitantes participaram da programação.
Fato é que os arraiais pelo país são um dos maiores impulsionadores do turismo interno, estimulando o setor com geração de receita para hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos
comerciais. A criação de empregos diretos e indiretos é outro efeito importante das celebrações. A relevância é tanta que, este ano, o governo federal desenvolveu o “Conheça o Brasil
Junino”, programa com diversas ações para incentivar e dar maior visibilidade aos festejos.
Ampliar o alcance das festas populares é uma iniciativa que deve estar na pauta dos atores do Legislativo e do Executivo. Pensar a valorização dessas manifestações é refletir sobre a memória
brasileira e, ao mesmo tempo, promover a interação social e a economia. Os impactos positivos que esses eventos causam são oportunidades de desenvolvimento da sociedade de uma forma diversa
e enriquecedora. Expressões da identidade nacional, elas precisam ser, cada vez mais, respeitadas e apreciadas pela população.
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