
Governo trump enviou carta a moraes sobre ação do ministro contra o rumble
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - O governo Donald Trump, por meio do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, afirmou ao MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES que quatro ordens proferidas pelo
magistrado contra o Rumble não têm efeito em solo americano. Para que elas pudessem valer, disse o órgão, o magistrado precisaria ter ingressado com uma ação em um tribunal dos EUA ou ter
recorrido a canais legais. A informação consta de DOCUMENTO ENCAMINHADO A MORAES, com cópia ao Ministério da Justiça do governo Lula (PT), ao qual a _Folha de S.Paulo_ teve acesso. A
notícia sobre a carta foi revelada pelo jornal _The New York Times. _"Não tomamos posição sobre a aplicabilidade das várias ordens e outros documentos judiciais que direcionam a Rumble
a agir dentro do território do Brasil, o que é uma questão de lei brasileira", diz um trecho. "No entanto, na medida em que esses documentos direcionam o Rumble a realizar ações
específicas nos Estados Unidos, respeitosamente informamos que tais diretrizes não são ordens judiciais executáveis nos Estados Unidos", afirma o texto, assinado por Ada Bosque,
diretora no escritório para Assistência Judicial Internacional da Divisão Civil. O órgão afirma que a carta foi motivada por informações prestadas pelo Rumble. A plataforma relatou ao
departamento ter sido alvo de quatro ações judiciais em fevereiro, nas quais MORAES DETERMINOU O BLOQUEIO DE CONTAS DE UM INDIVÍDUO (que seria Allan dos Santos) e que suspendesse o repasse
de verbas a ele. "Essas supostas diretrizes são emitidas sob ameaça de penalidades monetárias e outras sanções", diz o documento. "De acordo com o Direito Internacional
consuetudinário, um 'Estado não pode exercer jurisdição para executar no território de outro Estado sem o consentimento deste outro Estado'", diz. Em seguida, a carta informa
que, para executar a sentença, "a pessoa que busca a execução geralmente PRECISARIA INICIAR PROCESSO JUDICIAL NOS EUA". "O tribunal dos EUA aplicaria a lei e determinaria se
deve ou não conceder a medida solicitada contra uma parte sobre a qual tenha jurisdição. A legislação dos EUA prevê várias bases para a não homologação, que podem incluir a ausência de
devido processo legal ou incompatibilidade com as leis norte-americanas que protegem a liberdade de expressão. As ordens judiciais brasileiras não são executáveis nos Estados Unidos sem o
reconhecimento e o trâmite de execução bem-sucedidos naquele país", continua. SIGA NOSSO CANAL NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS RELEVANTES PARA O SEU DIA O departamento ainda afirma que,
para que o ministro determine ações do Rumble no território brasileiro, o magistrado precisa enviar suas ordens para canais específicos previstos no direito internacional. Cita os canais de
Autoridade Central em acordos multilaterais, como o Tratado de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal (MLAT) e as convenções de Haia, para a solicitação e execução de documentos ou
provas. Por fim, o departamento conclui a carta se colocando à disposição para prestar mais informações.