Carne inflacionada

Carne inflacionada


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A seca que atingiu a região produtora de grãos e carnes do Brasil no meio do ano passado e início de 2014 ainda pesa no bolso dos pecuaristas do país. Dados compilados pela Confederação


Nacional da Agricultura (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam alta de 5,5% nos custos operacionais para cria, recria e engorda somente no primeiro


trimestre deste ano. Somente o custo para compra de bezerros subiu 11,2% no período. Os gastos com suplementação mineral cresceram 2,31%. A valorização dos dois componentes está ligada ao


clima. A falta de chuva compromete o desenvolvimento dos pastos, fazendo com que os animais fiquem confinados mais tempo que o normal e consumindo mais ração. Além disso, os pecuaristas


decidiram antecipar o ciclo do gado para evitar maiores despesas. Houve também abate de matrizes (vacas reprodutoras), o que restringiu a oferta de bezerros e elevou os preços dos novilhos.


Apesar do aumento nos custos de produção e do boi, a demanda deve se manter aquecida, preveem CNA e Cepea. O fato de o Brasil sediar a Copa do Mundo favorece o consumo de carne. Atualmente,


a arroba bovina está valendo mais de R$ 120 e a tendência é que o preço continue em alta no segundo semestre. LOTAÇÃO 44% Foi quanto aumentou a produtividade da pecuária no Sul do Brasil


entre 2002 e 2013, conforme estudo da CNA e do Cepea. A região foi a que teve melhor desempenho no período e é seguida pelo Centro-Oeste, com 43%.