Soja testa limites
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As projeções indicando que o Brasil deve colher 80 milhões de toneladas de soja na próxima safra levantam uma série de preocupações no agronegócio. O setor teme falta de sementes, insumos e
um apagão logístico. A indústria de sementes está sendo desafiada a elevar sua produção de 25 milhões para perto de 27 milhões de sacas, nas variedades mais pedidas pelos produtores.
Companhias como a Syngenta confirmam que há risco de falta de alguns produtos. O planejamento e a produção de sementes são feitos com até duas safras de antecedência. Em caso de escassez, as
variedades mais produtivas somem do mercado, problema já registrado em algumas regiões na última temporada. Os fertilizantes já foram comprados, mas ainda há uma parcela significativa a ser
entregue. No caso dos defensivos, as empresas informam que há menos riscos se as aplicações de herbicidas, fungicidas e inseticidas seguirem as médias históricas. Mas há risco de aumento
dos casos de ferrugem, por exemplo. O apagão logístico está relacionado aos gargados nas rodovias e portos. Se o escoamento da safra for concentrado no início da colheita, a partir de
janeiro, pode haver filas de caminhões e de navios.