Agências de classificação rebaixam notas de bélgica e hungria

Agências de classificação rebaixam notas de bélgica e hungria


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A agência de classificação de risco STANDARD AND POOR'S reduziu nesta sexta-feira (25), em um nível, a nota de risco de crédito da BÉLGICA, de "AA+" para "AA",


alegando o risco de o país, muito endividado, ter que voltar a empregar dinheiro público para apoiar seu setor financeiro. Na quinta-feira (24), a própria Standard and Poor's e também a


agência de classificação de risco MOODY'S haviam rebaixado o rating de crédito da Hungria para grau especulativo. A Standard and Poor's teme que "as dificuldades do setor


financeiro" exijam uma ampliação do apoio do governo da BÉLGICA, o que aumentaria uma dívida já muito elevada em um contexto de "incertezas políticas" que ainda pesa na


credibilidade do país como emissor. Em relação a HUNGRIA, a Moody's cortou a nota de crédito para "Ba1", abaixo do grau de investimento, com perspectiva negativa. A medida foi


anunciada apenas horas depois da STANDARD AND POOR'S também rebaixar o país, após BUDAPESTE dizer que pedirá ajuda internacional. A Moody's citou a crescente incerteza sobre a


capacidade da Hungria de cumprir suas metas fiscais, elevados níveis de dívida e também o que chamou de cada vez mais restritas perspectivas de crescimento para o médio prazo como as


principais razões por trás do corte do rating, que antes estava em "Baa3". "A Moody's acredita que o impacto combinado desses fatores vai impactar de forma adversa a


força financeira do governo e corroer a capacidade de absorção de choques", afirmou a agência em comunicado. O corte do rating pela Moody's seguiu-se a alertas das três principais


agências de classificação de risco de que as políticas de Orban, que tem evitado medidas tradicionais de austeridade em favor de passos para impulsionar as receitas, como taxação especial a


bancos e a nacionalização de 14 bilhões de dólares em ativos de pensão privados, poderiam colocar as finanças públicas húngaras em risco. O Ministério da Economia do país disse que o


rebaixamento não tem base e que é parte de uma série de "ataques financeiros contra a Hungria". Veja também