Não há interesse do país em usar linha de liquidez do fmi, diz mantega

Não há interesse do país em usar linha de liquidez do fmi, diz mantega


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O ministro da Fazenda, GUIDO MANTEGA, afirmou nesta quinta-feira que não há nenhuma intenção do governo em usar a linha de liquidez do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Não intenção


de sacar esses recursos, mesmo porque não há necessidade. Nós defendemos a criação dessa linha, mas para ajudar outros países", comentou. "Muito dificilmente o Brasil vai usar


essa linha nova do FMI", completou. Mantega disse ainda que o governo do Brasil também não pretende sacar os recursos da operação de swap de moedas realizada entre o Banco Central e o


Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA). "Esta conta está lá mais para dar garantia. Não há intenção de sacar esses recursos", afirmou. Segundo o ministro, o governo não pretende


utilizar nenhuma dessas duas fontes para capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Não é por aí que o BNDES vai obter recursos", disse ele ao


destacar que o Tesouro já promoveu aportes de R$ 50 bilhões no banco ao longo do ano e, atualmente, vai injetar mais R$ 10 bilhões na instituição. De acordo com o ministro, dos R$ 10


bilhões, R$ 4 bilhões devem vir da Caixa Econômica Federal e o restante, de liberação de compulsório. Ele corrigiu a informação dada na hora do almoço de que a liberação de compulsório


injetaria R$ 7,5 bilhões no BNDES. Mantega destacou que o BNDES, neste ano, deve chegar à marca de R$ 100 bilhões em financiamentos, volume maior do que o emprestado pelo Banco Mundial DÓLAR


Mantega afirmou que em momentos de tensão no mercado costuma haver exagero na taxa de câmbio. Segundo ele, por conta disso, a cotação do real ante o dólar "esteja desvalorizada além da


conta". "Há uma flutuação natural em função da saída de capital e da valorização mundial do dólar. O real também estava excepcionalmente valorizado. Houve uma correção e, como de


costume nestes momentos de tensão no sistema financeiro, sempre há um pouco de exagero", afirmou o ministro. "Tanto esteve exageradamente valorizado o real quando o dólar estava


cotado a R$ 1,60 como agora também esteja desvalorizado além da conta", emendou. Segundo ele, mais importante do que o atual nível da moeda norte-americana é o fato de ter havido


redução na volatilidade, tanto na Bolsa como no mercado de câmbio. "O importante é que a volatilidade, tanto na bolsa quanto no câmbio, é menor, dando condições de os negócios se


realizarem", concluiu. Veja também