
Ueg deve participar dos leilões da aneel
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A termelétrica UEG Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, deve ser a única usina paranaense a participar dos dois leilões de energia nova da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) marcados para 26 de junho. Nessa data, distribuidoras de todo o país vão comprar a energia que será fornecida por usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas e de biomassa a partir
dos anos de 2010 (leilão A-3) e 2012 (A-5). As minutas dos editais foram divulgadas na quarta-feira, e estão disponíveis para audiências públicas até sexta-feira. Os editais definitivos e as
empresas habilitadas serão divulgados até o início de junho isso se os leilões não forem adiados. A usina de Araucária, que tem potência de 484 megawatts (MW) energia que pode abastecer
uma cidade de 1,5 milhão de habitantes está pré-cadastrada para os dois leilões. Os empreendimentos de fonte hidrelétrica venderão sua energia por um prazo de 30 anos, enquanto os
contratos de termelétricas serão válidos por 15 anos. Trata-se de um leilão "inverso": para ambas as fontes, será estabelecido um preço máximo, e as geradoras que oferecerem sua
energia pelo menor valor sairão ganhando. Controlada pela Copel, a UEG está arrendada até o fim deste ano para a Petrobrás que é sócia da usina, com 20% de participação , e o contrato de
aluguel pode ser renovado até o fim de 2009. Segundo o presidente da estatal paranaense, Rubens Ghilardi, há a possibilidade de que um novo contrato estenda o arrendamento da termelétrica
até o fim de 2010. De todo modo, a usina estará novamente nas mãos da Copel no momento em que a empresa paranaense estiver obrigada a fornecer sua energia, a partir de janeiro de 2010 ou de
2012, dependendo do resultado do leilão. "O aluguel à Petrobrás acabou sendo um ganho adicional, pois quando adquirimos o controle da usina nossa intenção era vender sua energia a
partir de 2010", diz Ghilardi, referindo-se à compra, em maio de 2006, dos 60% que a norte-americana El Paso tinha na termelétrica. Para encerrar uma disputa judicial de mais de três
anos, a Copel pagou R$ 436,6 milhões aos norte-americanos e tornou-se a sócia majoritária da UEG, com 80% de seu capital. Ghilardi diz que os temores que envolvem o suprimento de gás natural
da Bolívia não vão atrapalhar a Copel nos leilões. "A Petrobrás está se comprometendo, com a Aneel, a fornecer gás para todas as usinas do Sul, Sudeste e Centro-Oeste até 2011. Temos
uma carta de compromisso de fornecimento da Petrobrás, que nos permite participar dos leilões", explica o presidente da Copel. Até o início da próxima década, diz o executivo, a
Petrobrás já terá elevado consideravelmente a disponibilidade de gás natural, graças ao aumento da produção nacional e à importação de Gás Natural Liquefeito (GNL), transportado por navios e
regaseificado em portos específicos. Outras duas usinas paranaenses foram cadastradas para o leilão, mas dificilmente conseguirão a habilitação da EPE: a pequena central hidrelétrica
Cavernoso II (19 MW), no Rio Cavernoso, que ainda será construída pela Copel, e o Complexo Energético São João/Cachoeirinha (105 MW), no rio Chopim, planejado pela Enterpa Energia. Para
participar do leilão, elas devem apresentar ao menos as licenças prévias do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) o que dificilmente conseguirão até o próximo mês, uma vez que o instituto
suspendeu os licenciamentos há quatro anos, e só deve reiniciar os processos a partir de 2008. A Paraná Equipamentos, empresa do grupo paranaense J. Malucelli, também está pré-cadastrada,
mas com uma termelétrica que será instalada em Itajaí (SC).