Bombeiros validam Arena maior

Bombeiros validam Arena maior


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O mistério sobre a súbita expansão da capacidade da Arena para o clássico entre Atlético e Paraná, no domingo, foi esclarecido ontem pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com a vistoria


realizada pela corporação após a colocação das cadeiras, o estádio só conseguiu suportar o público de domingo graças à retirada do muro no setor dos visitantes, que servia para separar o


local do Colégio Expoente, antigo locatário da área onde hoje está a extensão do estacionamento do estádio. A derrubada ocorreu no começo de maio. Se o muro ainda existisse, a Arena


comportaria apenas 23.319 torcedores sentados e com visibilidade total do campo. A simples queda do paredão fez a praça esportiva ganhar 2.093 lugares, estando hoje com a capacidade para


25.091 pessoas. No domingo, contudo, de acordo com o borderô enviado à Confederação Brasileira de Futebol pelo Atlético, foram vendidos 25.096 ingressos. A explicação para o excedente


estaria na venda de bilhetes para o restante dos locais sem total visibilidade. "O número do borderô é rigorosamente verdadeiro, não foi fraudado, injetado", afirma o presidente


rubro-negro, João Augusto Fleury, sobre os questionamentos de que o clube teria colocado um número maior do que o verdadeiro para ter o maior público pagante do fim de semana em Curitiba.


"A nossa única preocupação foi atender a demanda de público. Para isso colocamos à venda também os locais com visibilidade parcial. Quem comprou foi avisado pelo bilheteiro",


explica. Atualmente, na Arena ainda há seis pontos cegos. Cadeiras instaladas, principalmente, nas extremidades das curvas, na parte superior, num total de 321. Se somadas, aumentaria a


capacidade para 25.412. Desse número, no clássico, há o desconto da separação das torcidas, o que ocupou por volta de 200 cadeiras. A diferença entre a quantidade de cadeiras e o público


total divulgado (26.661) se deve às pessoas que vão ao jogo em serviço e não ocupam o assento, como profissionais de rádio e tevê que trabalham no gramado, policiais, seguranças e


funcionários das lanchonetes. A dúvida quanto ao estádio suportar ou não mais de 25 mil pessoas existia até no Corpo de Bombeiros. O chefe do setor de vistoria da corporação, Capitão Donat,


imaginava não caber na praça esportiva mais de 24 mil pessoas. Chegou a supor que o público anunciado seria apenas marketing do clube. No início da semana que antecedeu o clássico, mesmo


Fleury achava que a capacidade não passava de 24.500. Até segunda-feira, o site do clube divulgava a capacidade de 23 mil torcedores. Só então o número foi atualizado para 25.272, 340 a


menos que o liberado pelos Bombeiros.