
Caso reeleito, morales estaria disposto a retomar relações com os eua
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O governo da Bolívia estaria disposto a restabelecer suas relações com os Estados Unidos se o atual presidente, Evo Morales, vencer neste domingo as eleições presidenciais e se Washington se
comprometer a "respeitar" a soberania da Bolívia, sem "se intrometer" em seus assuntos internos. Essas foram as afirmações do vice-presidente do país sul-americano,
Álvaro García Linera, em um encontro com jornalistas depois de votar no pleito ao qual concorre como companheiro de chapa de Morales para um terceiro mandato, até 2020. Bolívia e Estados
Unidos não têm relações diplomáticas em nível de embaixadores desde 2008, quando La Paz expulsou o embaixador americano, Philip Goldberg, por supostas interferências na política nacional. O
governo americano respondeu com a mesma moeda, expulsando o embaixador boliviano em Washington. García Linera alegou neste domingo que a expulsão de Goldberg foi ocasionada porque o
funcionário americano "se intrometeu na vida política" do país andino. "Quando qualquer governo, não importa qual seja, se intromete em assuntos internos, interrompemos isso e
tomamos as medidas correspondentes", disse o vice-presidente boliviano. "Quando tivermos a certeza que os Estados Unidos não se intrometerão em nossos assuntos internos, a mão
estará estendida com respeito, com humildade, mas sempre com firmeza na defesa de nossa soberania", acrescentou. Também garantiu que desde que assumiu o governo ao lado de Evo Morales,
ambos "tiveram e buscaram" boas relações com os Estados Unidos. "Somos um país que tem muito respeito pelo governo americano. E mais, admiramos sua ciência, admiramos sua
tecnologia, nos impressionam suas grandes conquistas tecnológicas, mas sempre pedimos que qualquer relação com os governos seja pautada no contexto do respeito e da soberania", declarou
o vice-presidente. O governo de Evo Morales também expulsou a agência antidrogas americana (DEA, sigla em inglês), em 2008, e a Usaid - agência de cooperação internacional dos EUA - em maio
do ano passado. Veja também