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Veja que o desemprego deste ano é o maior desde 2003 Washington - O desemprego nos EUA voltou a subir e está agora no seu nível mais alto em cinco anos, aumentando os temores de recessão da

principal economia mundial. Além de enfrentarem problemas no mercado de trabalho, os consumidores, principal motor da economia americana, têm ainda que lidar com a inflação, a maior em quase

20 anos, e a crise financeira que derrubou o preço de seus imóveis. A taxa de desemprego subiu para 6,1% no mês passado – 0,4 ponto porcentual superior à de julho – e está no seu maior

nível desde julho de 2003. Desde abril, a taxa já se expandiu em 1,1 ponto porcentual, fato que não aconteceu nem mesmo em 2001, quando houve a última recessão dos EUA. A última vez que o

índice de desemprego avançou pelo menos 1,1 ponto porcentual em quatro meses foi em 1981, quando teve início uma das piores recessões da história dos Estados Unidos. No mês passado, 84 mil

postos de trabalho deixaram de existir, afetando diversas áreas, como indústria, serviços e construção. Além disso, o governo aumentou a estimativa de cortes de julho e junho. Neste caso, a

previsão quase dobrou, de 51 mil para 100 mil. Em julho, houve redução de 60 mil vagas, 9.000 mais do que foi previsto no mês passado. CAMPANHAS O relatório, feito pelo Departamento do

Trabalho dos EUA, foi divulgado no momento em que os candidatos à Casa Branca começam os últimos 60 dias de campanha. A desaceleração da economia costuma ser um problema para o partido

incumbente. O republicano John McCain reagiu à notícia. "Estamos em tempos difíceis", disse McCain a cerca de 12 mil pessoas em Cedarburg, subúrbio de Milwaukee. "O relatório

sobre o emprego de hoje (ontem) nos lembra disso." "Todos vocês já se perguntaram se o governo não deveria ficar ao seu lado, em vez de no seu caminho, e é isso que pretendo

fazer", disse o republicano, prometendo manter os impostos baixos. Em nota, ele prometeu também um programa de criação de empregos e requalificação profissional. Nesse comunicado, ele

criticou a proposta tributária do adversário democrata, Barack Obama – que reduziria impostos, mas aumentaria os encargos dos mais ricos. "O povo norte-americano não agüentaria uma

presidência Obama", afirmou. Obama disse que a taxa de desemprego mostra a necessidade de alterar a política econômica dos últimos oito anos do governo de George W. Bush. "Vocês

deveriam achar que George Bush e seu potencial sucessor republicano John McCain passam muito tempo se preocupando com a economia, com todos esses empregos sendo perdidos sob seus

olhos", comentou Obama a operários de uma fábrica de vidros e lentes em Duryea, Pensilvânia.