
Morales propõe diálogo com a oposição, mas diz que não recua
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou a oposição nesta terça-feira (28) para um diálogo, mas reafirmou que o país não vai recuar em seu propósito de acabar com o latifúndio nem
levar adiante um processo de mudança que inclui mais nacionalizações. "Pedem diálogo, venham dialogar, jamais recusamos o diálogo, esperarei no palácio de governo porque somos da
cultura do diálogo", disse Morales aos OPOSITORES, QUE LHE DERAM UM ULTIMATO ATÉ SEXTA-FEIRA ANTES DE CONVOCAR UMA GREVE. No entanto, Morales garantiu que "não tem nenhum medo de
assinar um decreto contra o latifúndio". Pouco depois de retornar da Holanda, Morales foi ao encontro de milhares de camponeses e indígenas, que em alguns casos caminharam 500 km até La
Paz pedindo terras, num momento em que o debate pela reforma da Lei de Terras está detido no Senado, após a rejeição da oposição. As organizações regionais civis e empresariais, cinco de
nove governadores e partidos de oposição de direita e centro-direita concordaram em se opor aos planos de Morales de reverter ao Estado os latifúndios improdutivos, a fim de distribui-los
comunitariamente entre camponeses pobres.