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O PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, BARACK OBAMA, alertou neste sábado que vai levar "muitos meses mais" para os EUA SAÍREM DA RECESSÃO, apesar de os dados do PIB terem mostrado que a

economia encolheu apenas modestamente no segundo trimestre. Obama vem defendendo com vigor nas últimas semanas as políticas econômicas de seu governo, num momento em que os indicadores de

desemprego pioram. Ele disse que os números relativos à perda de empregos que serão divulgados na semana que vem ainda vão mostrar que muitos norte-americanos estão ficando sem trabalho.

"Ainda vai levar muitos meses mais para sairmos completamente de uma recessão - uma recessão que ninguém imaginava que seria tão profunda", disse Obama em seu pronunciamento

semanal de rádio e Internet. "E quando recebermos nosso relatório mensal sobre empregos, na semana que vem, provavelmente ele vai mostrar que continuamos a perder empregos demais neste

país. Pelo que vejo, não teremos uma recuperação enquanto continuarmos a perder empregos", disse. Economistas dizem que os dados do PIB divulgados na sexta-feira mostraram claramente

que a recessão de 19 meses está quase no fim. Repetindo seus comentários do dia anterior, Obama afirmou que a melhora é prova de que seu pacote de estímulo de 787 bilhões de dólares e outras

iniciativas econômicas estão rendendo dividendos. "Nos últimos meses, a economia se saiu, na média, melhor do que o esperado", disse Obama, referindo-se aos dados do PIB. "E

muitos economistas indicaram que parte desse progresso é diretamente resultado do Ato de Recuperação (o pacote de estímulo). Estas e outras medidas difíceis, mas importantes, que tomamos nos

últimos seis meses ajudaram a frear esta recessão." Obama repetiu sua mensagem de que crescimento econômico virá antes do aumento dos empregos e disse que os números mostraram que o

país caminha para um rumo melhor. "Investimentos em negócios, que haviam desabado nos últimos meses, estão mostrando sinais de estabilização. Isto significa que em seguida os negócios

começarão a crescer e a contratar de novo." Os comentários de Obama são uma pequena mudança de ênfase depois de semanas em que ele concentrou a maior parte de suas declarações públicas

na reforma do setor de saúde.