
Problemas sociais não resolvidos ofuscam era de pujança econômica
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:

Crescimento econômico recorde e um golpe de governo na disputa marítima da Bolívia com o Chile são alguns dos pontos altos dos nove anos de Evo Morales no poder, apesar de não ter conseguido
erradicar ou diminuir significativamente males endêmicos do país como o trabalho infantil, a violência machista e a ineficácia judicial. A Bolívia, que por décadas liderou a lista dos
países mais pobres da América Latina, passou em quase uma década a uma das economias mais pujantes da região, impulsionada pela nacionalização do petróleo e pelo auge da extração de gás, que
alcançou preços recordes. No entanto, essa reconhecida bonança não melhorou a vida de amplos setores da sociedade, como as 850 mil crianças que ainda trabalham no país. A corrupção
generalizada e a superpopulação carcerária, em boa medida causada pela demora na tramitação dos processos, provocou trágicos motins e massacres nos presídios. A Bolívia é, segundo dados da
ONU, o país latino-americano com maior índice de violência machista. Evo estabeleceu na campanha suas prioridades: o avanço na industrialização, o início de um programa nuclear e a formação
de profissionais qualificados para quem o governo pagará bolsas de estudos nas melhores universidades dos Estados Unidos. Nem uma palavra nestes planos de futuro, porém, foi dada sobre as
crianças trabalhadoras e as mulheres oprimidas. Veja também