“a polícia prende mal e o judiciário é obrigado a soltar”, diz lewandowski

“a polícia prende mal e o judiciário é obrigado a soltar”, diz lewandowski


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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, declarou nesta quarta-feira (19) que a polícia executa prisões de forma equivocada e, por isso, o Judiciário é obrigado a


soltar os presos. VEJA TAMBÉM: * Lula critica Bolsonaro e reivindica transposição do São Francisco “É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu


vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, afirmou o ministro. Lewandowski rebateu críticas sobre o papel do Poder Judiciário durante uma palestra sobre


o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de comércio e serviços. A proposta de emenda à Constituição, apresentada pelo governo, passou por mudanças em janeiro deste ano para atender


demandas de governadores. O texto original enfrentava resistência por seu potencial impacto nas políticas de segurança estaduais. O chefe da Justiça ainda disse que a instituição policial,


às vezes, prende sem provas e dados concretos. Segundo Lewandowski, se as prisões fossem feitas de forma técnica, apresentando dados e indícios probatórios para o juiz, dificilmente os


infratores seriam soltos. “É claro que nós temos que aperfeiçoar isso, nenhum juiz soltará um criminoso. Ele não está lá para soltar, ele está lá para fazer justiça. […] A polícia tem que


prender melhor”, finalizou. PEC DA SEGURANÇA A versão final da PEC da Segurança Pública, que pretende ampliar os poderes da União na segurança pública dos estados e do Distrito Federal, foi


apresentada no último dia 14 pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto confirma a inclusão das guardas municipais como órgãos de segurança pública, com atribuições


de policiamento urbano, ostensivo e comunitário. Também mantém a autonomia dos estados e DF na gestão das polícias e altera as atribuições da Polícia Rodoviária Federal, entre outras


medidas. O governo defende a PEC como um meio de ampliar a participação da União na segurança pública, combater o crime organizado e integrar as forças policiais do país. A proposta vem


sendo articulada desde o ano passado e já foi discutida com os governadores, que forçaram algumas mudanças para não perderem a autonomia constitucional. Para entrar em vigor, a PEC precisa


ser aprovada na CCJ e no plenário com o quórum qualificado em duas sessões, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado Federal. VEJA TAMBÉM: