Cheia do rio paraná alaga vilas de pescadores

Cheia do rio paraná alaga vilas de pescadores


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Maringá - Cerca de 200 pessoas de Querência do Norte (Noroeste do estado) precisaram abandonar suas residências por causa da cheia do Rio Paraná. O alagamento foi provocado pelas fortes


chuvas dos últimos dias e pela abertura de comportas das represas localizadas no estado de São Paulo, que elevaram o nível de água entre 3 e 4 metros acima do normal. Alguns vilarejos de


pescadores localizados em áreas mais isoladas do município ficaram inteiramente sob a água, assim como algumas estradas rurais da região. Nessas localidades, a única forma possível de


transporte é por meio de barcos. Apesar do susto, a prefeita de Querência do Norte, Rosenei Ragiotto Oliveira, informa que a situação não é tão alarmante quanto parece. "Essa é uma


cheia normal que acontece todos os anos. Por enquanto não tivemos tantos prejuízos e esperamos que a água não suba mais", disse. Para atender os ribeirinhos atingidos pela cheia, a


prefeitura e a Defesa Civil estão providenciando abrigos de lona e barcos para o transporte das fa­­mílias. "Algumas pessoas es­­tão abrigadas em casas de parentes e amigos. Quem não


tem para onde ir ou não quer sair de perto de casa foi levado para os abrigos", explicou a prefeita. REPRESAS No último dia 31, a assessoria de comunicação da Companhia Energética de


São Paulo (Cesp) informou que haveria aumento de vazão de fluente nas usinas hidrelétricas Ilha Solteira, Jupiá e Engenheiro Sergio Mot­ta (Porto Primavera), todas localizadas na bacia do


Rio Paraná. Em comunicado, a empresa informou que a operação foi executada em decorrência das fortes chuvas verificadas nos últimos dias e das que estavam previstas na região das bacias dos


rios Grande e Paranaíba, na montante de Ilha Solteira e na bacia do Rio Tietê. "O volume de água que chega às usinas da Cesp aumentou porque os reservatórios dessas bacias estão com


seus vertedouros abertos", destaca comunicado no site da empresa. A operação é executada de acordo com critérios do Plano Anual de Controle de Cheias do Sistema Interligado Nacional


(SIN), coor­­denado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão gestor da operação energética e hidráulica no país. Veja também