Eduardo cunha protocola defesa no conselho de ética

Eduardo cunha protocola defesa no conselho de ética


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A defesa do presidente da Câmara, EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), foi protocolada às 18h15 desta segunda-feira (21) no Conselho de Ética. A partir de agora, abre-se um prazo de até 40 dias úteis


para a instrução do processo, com a realização de diligências e tomada de depoimentos. O Conselho apura se Eduardo Cunha mentiu na CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior. O


processo contra o presidente da Câmara caminha a passos lentos devido a diversas manobras do peemedebista e aliados. Está pendente de análise ainda um recurso à Comissão de Constituição e


Justiça (CCJ), que pode fazer o processo voltar à fase inicial mais uma vez. O parecer pela admissibilidade do processo foi aprovado no dia 2 de março por 11 votos a 10. Em dezembro o


Conselho já tinha aprovado a continuidade, mas a votação foi anulada por decisão do vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA). Eduardo Cunha argumenta que não mentiu à CPI da


Petrobras porque as quatro contas na Suíça que tinham como beneficiário ele e sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, seriam de trustees. Ele afirma que o dinheiro que as abasteceu é


proveniente de sua atividade como comerciante no exterior antes de entrar para a vida pública. Veja também A Procuradoria-Geral da República, porém, rastreou recursos desviados da Petrobras


nas contas e já o denunciou por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção passiva e falsidade ideológica. Cunha já é réu em outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por


corrupção e lavagem de dinheiro sob a acusação de recebimento de propina por outro contrato da Petrobras. Essa acusação, porém, acabou ficando de fora do processo no Conselho no último


parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO). A mudança foi feita para evitar perder apoio para levar o caso adiante, mas Rogério ressalta que o tema pode voltar caso nas diligências sejam


encontradas evidências sobre esta acusação.