
Tap. Governo e david neeleman perdidos na tradução
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Acionista privado anunciou que é urgente a entrada de capital na transportadora aérea e garantiu que o dinheiro deverá ser injetado já esta semana. No entanto, o executivo de António Costa
não tem conhecimento de nenhuma transação David Neeleman, um dos acionistas privados da TAP, anunciou esta segunda-feira que está prevista uma injeção de capital de 120 milhões já para esta
semana. O empresário norte-americano disse ainda acreditar que a decisão da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) não vai impedir o investimento que já estava previsto. Um anúncio que
implica que o dinheiro dos chineses da HNA esteja prestes a entrar, através da Azul, no capital da TAP. No entanto, ao que o i apurou, o governo não tem conhecimento de que esteja prevista
alguma entrada de capital na companhia aérea nem esta semana, nem para breve. Contactada pela i, fonte ligada à TAP desvaloriza e garante que é necessário que seja feita uma injeção urgente
de capital. Com base nesta necessidade e tendo em conta que há dinheiro disponível, o consórcio Atlantic Gateway prepara-se então para conversar com o grupo de trabalho criado com a ANAC e
também com o governo. Uma posição tomada depois de David Neeleman ter assumido em Nova Iorque, EUA, que não estava disposto a adiar novamente o plano de recapitalização que estava previsto.
De acordo com o “Observador”, o dono da companhia aérea brasileira Azul foi peremtório e afirmou que, independentemente do regulador, o dinheiro “vai entrar” e será “já esta semana”. Para o
empresário é claro que a companhia aérea precisa de dinheiro e, como o governo está impedido por regras europeias de injetar capital, não resta outra opção. Prejuízos da TAP David Neeleman
reiterou que o prejuízo da TAP em 2015 foi o “maior dos últimos 15 anos” e admite que os prejuízos terão sido superiores em 150 milhões ao que estava previsto. O empresário reafirma e
justifica, assim, a necessidade de injetar capital. A ideia é que os acionistas privados entrem já esta semana com 90 milhões de euros de um empréstimo obrigacionista de 120 milhões. Apenas
depois do acordo final entre o executivo de António Costa e o Consórcio Atlantic Gateway é que se saberá se os restantes 30 milhões serão, ou não, assumidos pelo Estado. Já em relação à
entrada de capital chinês, que muito foi questionada quando foi anunciado o memorando de entendimento entre foverno e o consórcio, David Neeleman explica: “Como nós informámos, os chineses
investiram na Azul [companhia aérea] e a Azul vai fazer o investimento na TAP. As ações que eles vão ter serão através do investimento da Azul na TAP”. AFINAL QUEM MANDA? A ANAC decidiu
travar a venda de 61% da companhia aérea. O parecer negativo do regulador surgiu na sequência de indícios de que a venda de 61% do capital ao consórcio privado Gateway, de Humberto Pedrosa e
David Neeleman, não cumpre os pressupostos europeus sobre o controlo acionista de transportadoras aéreas. No entanto, para David Neeleman trata-se de um assunto que ficará esclarecido em
breve. “Quando separarmos a percentagem que a Azul vai ter e as informações chegarem lá [à ANAC] não vão restar dúvidas nenhumas sobre quem está a controlar a empresa”, garantiu David
Neeleman aos jornalistas, acrescentando que nove dos onze membros do conselho de administração são europeus e que “Humberto Pedrosa está na TAP duas ou três vezes por semana”. Para o
norte-americano fica assim claro que todas as decisões passam necessariamente por Humberto Pedrosa, embora toda a estratégia possa ser do empresário norte-americano. “GUERRA SÉRIA” NO PORTO
Apesar de todas as decisões anunciadas pela TAP continuarem a vigorar, Rui Moreira defende que o parecer da ANAC vai de encontro ao que ao que a Câmara do Porto sempre afirmou. O presidente
da autarquia considera que a decisão do regulador “dá razão” às queixas que têm sido apresentadas por causa da suspensão de quatro rotas a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Em
comunicado, a ANAC fez saber que “as medidas cautelares correspondem, essencialmente, à imposição de limitações à gestão das empresas objeto da notificação, impedindo que sejam tomadas
decisões de gestão extraordinária ou que tenham um impacto materialmente significativo no património, na atividade e na operação dessas companhias sem o acordo prévio da ANAC”. No entanto, o
regulador assume que a decisão não tem efeito em todas as decisões que já haviam sido tomadas e, por isso, a decisão de suspender as rotas deverá manter-se. NOVOS ANÚNCIOS Fernando Pinto,
presidente executivo da TAP, foi chamado à ANAC, esta segunda-feira, para conhecer qual a extensão das limitações impostas pelo regulador à gestão atual da transportadora aérea. No entanto,
o dia ficou marcado não pelos limites impostos à gestão, mas sim pelo anúncio de novas alterações. Recorde-se que foi anunciada a criação de voos diários para os EUA, o reforço de voos para
Marrocos, a oferta da viagem entre as cidades de Lisboa e Porto para todos os clientes que comprem um bilhete para um voo de longo curso e ainda a criação, até ao final do ano, de uma
ligação TAP entre a China e Lisboa.