Funchal: projetamos discricionárias de r$ 120 bi; precatórios são quase r$ 90 bi

Funchal: projetamos discricionárias de r$ 120 bi; precatórios são quase r$ 90 bi


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Estadão Conteúdoi Estadão Conteúdo https://istoedinheiro.com.br/autor/estadao-conteudo 20/08/2021 - 18:28 Copie a URL: O secretário especial de Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, disse


nesta sexta-feira, 20, que as despesas discricionárias devem ser previstas em torno de R$ 120 bilhões no Orçamento de 2022. Ele citou o número ao comparar com o tamanho das dívidas judiciais


previstas para o ano que vem, calculadas em R$ 89,1 bilhões. O governo propôs uma PEC para parcelar os precatórios, que tem enfrentado resistências. “No curtíssimo prazo, temos o risco da


elaboração do orçamento (2022). Ele está sendo elaborado de acordo com normas constitucionais (em vigor)”, ressaltou. Como a PEC do parcelamento não foi aprovada ainda, o governo precisará


incluir todos os R$ 89,1 bilhões de precatórios nas despesas de 2022. “Estamos projetando despesa discricionária de R$ 120 bilhões para ano que vem, os precatórios são quase R$ 90 bilhões”,


destacou. Segundo ele, as dívidas judiciais, pelo seu tamanho e necessidade de compatibilizá-la com o teto de gastos, se tornaram um dos grandes desafios da equipe econômica. O secretário


reafirmou também que, com a recuperação econômica e de receitas, o País deve voltar a ter superávit em 2023, mas eventual ruído em relação ao compromisso com o teto poderia atrapalhar essa


tendência. RISCOS Funchal afirmou que o alto volume de precatórios e a inflação maior do que o esperado no segundo semestre têm trazido riscos para o nível de despesas discricionárias em


2022. A declaração foi dada em resposta a questionamento sobre críticas de terrorismo orçamentário, com menções de que a terceira dose da vacina de covid-19 poderia ser comprometida sem a


aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios. “Quando a gente está elaborando o Orçamento, temos as despesas que estão sendo previstas no ano que vem e algumas delas


já estão sendo resolvidas. E a questão da vacina era mais nesse sentido.” Funchal explicou que a terceira dose de vacinação já estaria prevista no Orçamento, então não teria como pagar via


créditos extraordinários. “Se não tiver imprevisibilidade, entra no Orçamento, e os precatórios estão pegando grande parte do Orçamento.” Copie a URL: