
Duas pessoas sofrem choque anafilático após serem queimadas por águas-vivas em palmas
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A alta incidência de águas-vivas no litoral catarinense fez mais duas vítimas. A primeira, um homem de 32 anos, precisou ser encaminhado ao hospital pela equipe do helicóptero Arcanjo após
sofrer um choque anafilático na praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, durante a manhã deste sábado (14). Algumas horas depois, outro homem, de 30 anos, também foi queimado e relatou
dificuldade para respirar. Nenhum dos dois apresenta risco de morte. A primeira vítima, um morador de Balneário Camboriú que passava a manhã ensolarada na praia com a família, teve as costas
queimadas pela água-viva enquanto nadava na região norte da praia. O incidente ocorreu por volta das 11h. Ele recebeu atendimento dos guarda-vidas no local, que logo chamaram a equipe do
Arcanjo ao observar a gravidade das lesões. O homem relatou taquicardia, dificuldade para respirar e desorientação, e foi estabilizado e medicado no local. Em seguida, foi transferido para o
Hospital Regional de São José. Por volta das 15h, outro homem relatou ter sido queimado no braço esquerdo por uma água-viva e sofreu choque anafilático, o que ocasionou dificuldade para
respirar. Ele também foi estabilizado pelos médicos do Samu e encaminhado para o Hospital Regional. >> SALVA-VIDAS REGISTRAM 48 OCORRÊNCIAS DE ÁGUA-VIVA NA PRAIA MOLE, EM FLORIANÓPOLIS
“Durante o atendimento à primeira vítima, mais três pessoas relataram queimaduras de água-viva na região de Palmas”, conta o tenente Ecco. Ele disse que os bombeiros atenderam na
sexta-feira (13) uma ocorrência semelhante na Praia Mole. No fim de dezembro, no Leste da Ilha, uma garota de 11 anos ficou em estado crítico após sofrer queimaduras pelo corpo todo. De
acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 270 pessoas procuraram os postos de guarda-vida em Palmas ao longo de sábado em função de queimaduras causadas por águas-vivas. O tenente esclarece
que há duas espécies comuns na região: as medusas e as caravelas. A primeira é incolor, fica abaixo da superfície da água e provoca queimaduras mais leves. Já as caravelas, mais comuns em
Palmas, ficam sobre a água, possuem tons roxos e alaranjados e têm tentáculos que podem chegar a dois metros de comprimento. “As caravelas trazem gravidade maior, pois sua toxina é mais
prejudicial e costuma causar reações alérgicas mais graves”, explica Ecco. O Corpo de Bombeiros orienta que as pessoas se informem a respeito da presença de águas-vivas nas praias que
pretendem frequentar – caso haja, deve-se evitar o banho de mar. A recomendação do tenente, após a queimadura, é procurar imediatamente o posto de guarda-vidas, que pode tratar de
queimaduras leves. Uma forma de tratar a região afetada é passar vinagre, que ajuda a remover as células venenosas. O tenente sugere ainda que a vítima não esfregue a região atingida e nem
passe água doce – isso pode fazer com que a estrutura deixada pela água-viva se rompa e libere mais toxina.