
Presidente da funasa é exonerado após ser alvo da polícia federal
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O governo federal demitiu o presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Ronaldo Nogueira, após ele ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga desvios de R$ 50 milhões
nos cofres públicos. A exoneração foi publicada na edição desta quarta-feira (12), do Diário Oficial da União e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Ronaldo Nogueira de
Oliveira foi alvo de uma operação da Polícia Federal – Foto: Daniel Queiroz/ND A Operação Gaveteiro da PF apura irregularidades em contrato firmado pelo extinto Ministério do Trabalho, com
uma empresa de tecnologia da informação para gestão de sistemas e detecção de fraudes na concessão de seguro-desemprego em Brasília e em mais cinco Estados. Nogueira foi ministro da pasta
durante a gestão de Michel Temer. Segundo a PF, a investigação teve início com base em um relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) que apontou que a contratação da empresa de
tecnologia foi apenas um “subterfúgio” utilizado pela organização criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, R$ 50 milhões do órgão. LEIA
TAMBÉM: Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, apesar de alertas sobre possíveis fraudes cometidas pela empresa, ela voltou a ser contratada no atual governo, de Jair Bolsonaro, desta
vez pelo Ministério da Cidadania. Segundo documentos obtidos pela reportagem, a B2T (Business to Technology) atestou à pasta sua capacidade técnica usando como base as ações que teria
desempenhado anos antes no Ministério do Trabalho. Os alertas de irregularidades foram ignorados pelos responsáveis pela contratação. Nogueira se aproximou do governo Bolsonaro por sua
ligação com os evangélicos, uma das bases de apoio do presidente. Seu berço político é Carazinho, cidade do interior gaúcho. Após desligar-se do governo Temer, foi um dos políticos
evangélicos mais influentes e exerceu lobby ativo na transição para o governo Bolsonaro.