
Feira do livro regressa a lisboa com 350 pavilhões: eis as datas
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A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) apresentaram hoje a 95.ª Feira do Livro de Lisboa, uma edição de "consolidação" da
anterior, já que o certame atingiu o "limite de espaço físico", disse o presidente da APEL, Miguel Pauseiro. "Temos o número de pavilhões que consideramos adequado para o que
o espaço comporta, o que traz a responsabilidade acrescida de manter alguma novidade", afirmou, sublinhando que quer uma "feira diferenciadora e que a confirme como a mais bonita
do mundo", como a classificam os seus visitantes. O presidente da APEL acrescentou ter a "expectativa de ultrapassar o ano passado" em número de iniciativas culturais, estando
previstos mais de 3.000 eventos, dos quais 1.200 implicam a presença de autores. Uma das grandes novidades deste ano é o projeto sustentável "Vamos plantar livros", em parceria
com a The Navigator Company, que associa a venda de livros à plantação de árvores. "Por cada 100 livros vendidos, vai ser plantada uma árvore. Estimamos vender entre 700 mil e 800 mil
livros o que dá uma estimativa de 7.000 a 8.000 novas árvores no nosso país", especificou. Este ano, serão 133 os participantes, um número "ligeiramente abaixo do ano anterior, que
vão representar cerca de 960 chancelas e mais de 85 mil títulos", embora estes números não estejam ainda fechados, acrescentou Miguel Pauseiro. Será inaugurada uma nova praça - Praça
Verde - e, em termos de acessibilidade, haverá mais rampas portáteis e cadeiras de rodas, disponibilizadas pela Santa Casa da Misericórdia, para pessoas com mobilidade reduzida. Os eventos
com língua gestual portuguesa e a existência de um alfabeto de cores para daltónicos, que, entre outras coisas, ajuda as pessoas a orientarem-se nas praças, que são definidas por cores,
também estão de regresso nesta edição. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, destacou que o "investimento na feira é cada vez mais importante" e revelou que
este ano aumentou o apoio financeiro para 135 mil euros (mais 15 mil, face ao investimento de 120 mil do ano passado), fora o apoio logístico. A edição de 2025 reforça o modelo estreado em
2024, que privilegia a qualidade da experiência dos visitantes, trazendo um percurso mais fluído e sete praças (incluindo a nova Praça Verde), indicam os organizadores. Ao longo dos 19 dias,
haverá espaço para eventos variados, desde sessões de autógrafos a debates, passando por apresentações de livros e concertos à sexta-feira, com atuações "intimistas", nomeadamente
de Teresa Salgueiro. A programação infantil foi reforçada, com oficinas, leituras encenadas e o regresso do "Acampar com Histórias" na Estufa Fria. Entre os serviços disponíveis,
regressam o bengaleiro, que disponibiliza o envio postal de livros e o armazenamento temporário de objetos, uma área de restauração ampliada e campanhas de doação e reciclagem de livros.
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