
"Ideia doentia". Itália despede-se de Martina, morta pelo ex-namorado
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Milhares de pessoas reuniram-se esta quarta-feira em Afragola, na província italiana de Nápoles, para se despedirem de Martina Carbonaro, uma adolescente de 14 anos morta pelo ex-namorado.
O funeral, segundo a imprensa italiana, realizou-se na Basílica de Santo António e contou com a presença do autarca de Afragola, Antonio Pannone, do autarca de Nápoles, Michele di Bari, e da
subsecretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Pina Castiello. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, enviou uma coroa de flores.
À porta da basílica, milhares de pessoas gritaram "Viva Martina", "Justiça, Justiça" e "Assassino", entre aplausos e lágrimas. A cerimónia religiosa foi transmitida num ecrã gigante devido
ao elevado número de pessoas e a cidade de Afragola decretou luto municipal.
O cardeal italiano Mimmo Battaglia, arcebispo de Nápoles, foi o responsável pela homilia e fez questão de sublinhar que "Martina morreu às mãos da violência".
"A dor de hoje obriga-nos a dizer, sem medo, sem ambiguidade, uma palavra clara: Martina morreu às mãos da violência. Morreu às mãos de um rapaz que não soube suportar uma rejeição, um
limite, uma liberdade, tirando o futuro não só a Martina, mas também a si mesmo! Martina morreu por uma ideia doentia do amor. Uma ideia ainda muito difundida, muito tolerada, muito
silenciosa", disse o cardeal, citado pelo Corriere della Sera.
Martina Carbonaro foi encontrada morta no armário de uma casa abandonada em Afragola, durante a madrugada do passado dia 28 de maio. Segundo a imprensa local, a vítima foi morta pelo
ex-namorado, de 18 anos, que não terá aceitado o fim do relacionamento.
A adolescente foi dada como desaparecida pela mãe, que teve um "mau pressentimento" quando a filha não lhe atendeu o telemóvel, na noite de segunda-feira, revela a agência de notícias
italiana ANSA.
As buscas centraram-se nos arredores de um antigo estádio da região, onde a adolescente foi vista pela última vez através de câmaras de videovigilância. O ex-namorado, Alessio Tucci, ajudou
nas operações de busca, mas foi o seu discurso incoerente que o denunciou.
Mais tarde, o jovem, nascido em julho de 2006, confessou às autoridades que tinha agredido a ex-namorada com uma pedra após uma discussão. "Matei-a porque ela deixou-me", terá dito, segundo
a ANSA.
O suspeito foi detido e acusado dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
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