Duas novas testemunhas arroladas ao processo da operação pretoriano

Duas novas testemunhas arroladas ao processo da operação pretoriano


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A manhã da 13.ª sessão do julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto, consistiu nas audições de cinco vigilantes da empresa de segurança privada que prestava serviços aos 'azuis


e brancos' na reunião magna. No primeiro depoimento do dia, Ricardo Rocha, que vigiava a Mesa da Assembleia Geral (AG), no Pavilhão Dragão Arena, recordou os tumultos no recinto após o


discurso de Henrique Ramos, relatando que o assistente no processo foi encaminhado à saída por "dois colegas" seus. Na sequência desta informação, a advogada de Fernando Saul


requereu que os dois vigilantes que se encarregaram desse procedimento fossem adicionados ao rol de testemunhas, de modo a poder confirmar que o associado do FC Porto não fora alvo de


agressões durante o procedimento. A causídica do antigo oficial de ligação aos adeptos dos 'dragões' recordou que Ramos já havia inocentado o seu representado em fase de inquérito,


mas sublinhou a necessidade de que "não reste qualquer dúvida". O pedido foi deferido, com a inquirição das novas testemunhas a realizar-se em data ainda por definir pelo


tribunal. De resto, em consonância com depoimentos de sessões anteriores, os vigilantes admitiram incapacidade em impedir os tumultos, responsabilizando o FC Porto pelo número de efetivos


"muito insuficiente" para dar resposta à adesão em massa à reunião na qual seria votada uma alteração estatutária do clube. "O número de seguranças no local era muito


insuficiente. Penso que o responsável pela quantidade de efetivos é o chefe de segurança do FC Porto, é ele que encomenda o serviço", acusou Ricardo Rocha. Os 12 arguidos da Operação


Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira, começaram em 17 de março a responder por 31 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto, sob forte aparato


policial nas imediações. Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime,


outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023. Entre a dúzia de arguidos,


Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases. Leia Também: Pretoriano. Aleixos acusam


Henrique Ramos de ameaças à porta do tribunal