Mesmo com cortes, nasa está confiante no sucesso de missões privadas

Mesmo com cortes, nasa está confiante no sucesso de missões privadas


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Wiegel afirmou que "a estação enfrentou uma redução orçamental cumulativa plurianual, incluindo no ano fiscal de 2025", numa conferência de imprensa sobre a quarta viagem da Axiom


Space, que terá a sua revisão de prontidão na quarta-feira e estabelecerá um recorde de investigação numa missão privada. A responsável salientou que a EEI considera reduzir a tripulação das


suas missões para três pessoas devido aos cortes, que atingiriam 24% anuais no orçamento impulsionado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e que o Congresso está a discutir


esta semana. "Esse é o desafio que eu tive, com o qual temos lidado, que nos deixou com desafios orçamentais e de recursos que resultam em menos carga, o que significa menos veículos de


carga e menos carga para a estação, e isso significa menos capacidade de enviar recursos como comida", disse. O corte na NASA, parte do controverso plano orçamental e de redução de


impostos de Trump que está a ser debatido esta semana, significaria menos cerca de 6 mil milhões de dólares (cerca de 5,3 mil milhões de euros) este ano para a agência espacial, que


receberia cerca de 18,8 mil milhões de dólares. Wiegel comentou que isto não influenciará o apoio da NASA ao projeto Axiom, afirmando que o desenvolvimento e o sucesso destas missões


privadas complementarão o trabalho público da agência. "O meu objetivo seria continuarmos a maximizar ao máximo missões como esta, apenas para ajudar a ciência em geral e o retorno do


investimento da estação, que é um laboratório fenomenal, e estou feliz por vê-lo totalmente utilizado, especialmente durante missões como esta", disse. Allen Flynt, chefe dos serviços


de missão da Axiom Space, recordou que a Ax-4 será a missão mais diversificada e ambiciosa da empresa até à data, com mais de 60 estudos científicos provenientes de 31 países, incluindo os


Estados Unidos, a Índia, a Polónia, a Hungria, a Arábia Saudita, o Brasil, a Nigéria e os Emirados Árabes Unidos. Entre os estudos destacam-se investigações sobre o impacto da microgravidade


em doenças como a diabetes, o cancro e a degeneração muscular, bem como experiências com microalgas, sensores biométricos, culturas de sementes, radiação, impressão 3D e cognição humana no


espaço. O chefe da missão da Agência Espacial Europeia (EPA), Sergio Palumberi, referiu que a agência irá realizar 17 experiências, na sua maioria em cooperação com a Polónia, enquanto o


Governo húngaro irá realizar 25. O lançamento da missão, que passará 14 dias na EEI, está previsto para a manhã de 8 de junho, num foguetão SpaceX Falcon 9, a partir do Centro Espacial


Kennedy, na Florida, a bordo de uma cápsula Dragon. Leia Também: Trump sacrifica programas cientificos da NASA para enviar pessoas à Lua e Marte