Ibovespa despenca com temor fiscal no brasil apesar de alta do pib e queda leve em ny

Ibovespa despenca com temor fiscal no brasil apesar de alta do pib e queda leve em ny


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O Ibovespa despenca e perdeu a marca dos 137 mil pontos, depois de ter iniciado a sessão desta sexta-feira - a última do mês para a B3 - em torno dos 138 mil pontos. O recuo é de cerca de


1,00%, mais intenso do que a queda maior vista em Nova York, devido a elevadas preocupações com a saúde fiscal do Brasil. Nos EUA, Nasdaq cai 0,35% e o Dow Jones sobe 0,09%. Além de temores


fiscais internos, há preocupações com a disputa comercial sino-americana. Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou que a China violou "totalmente" o acordo com


os americanos sobre tarifas. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora Mas o que


influencia mesmo é a incerteza com a saúde fiscal do Brasil, afirma Pedro Moreira, sócio da One Investimentos. "Mesmo com crescimento de arrecadação, vemos que as despesas continuam


subindo ainda mais. Não adianta arrecadar se as despesas sobem acima. Agora, a Fazenda está sem muitas possibilidade de onde mexer para melhorar as contas públicas", afirma. Ainda fica


no foco a possibilidade de adoção de medidas pelo governo para melhorar sua imagem. A desaprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a subir e atingiu a maior marca da


série histórica, segundo a nova pesquisa da AtlasIntel divulgada nesta sexta-feira. O índice de quem não aprova a gestão do petista chegou a 53,7%. No início da medição, em janeiro de 2024,


quando o presidente estava há um ano no Palácio do Planalto, a porcentagem era de 45,4%. São, atualmente, 45,4% os que o aprovam, e 0,7% não souberam responder. "A desaprovação do Lula


preocupa, no sentido de que o governo pode adotar novas medidas de estímulo à economia para recuperar sua imagem", pontua Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital. A despeito da


queda do Ibovespa, o indicador caminha para fechar o mês com valorização em torno de 1,00%, após avanço de 3,69% em abril. Em Nova York, o viés é de baixa em meio ao imbróglio da política


tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após a Justiça barrar as tarifas impostas por Trump a vários países na quarta-feira, ontem a Corte de Apelações para o Circuito


Federal dos Estados Unidos suspendeu temporariamente a decisão. Porém, o Tribunal Distrital de Columbia considerou o tarifaço ilegal. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro cresceu 1,4% no primeiro trimestre depois de alta de 0,2% no quarto trimestre do ano passado. O resultado ficou menor do que a mediana de


expansão de 1,50% das expectativas. Apesar do crescimento menor, o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, diz que mantém sua projeção de expansão de 2,50% para o PIB fechado


de 2025. "No segundo trimestre, a indicação ainda é de um PIB crescendo. Só no segundo semestre é que podemos ver alguma estagnação, estabilidade ou PIB negativo", diz. "São


dados bons, não tem como achá-los negativos", acrescenta Cruz. O crescimento reforça atividade aquecida e tende a reforçar apostas de que a Selic ficará elevada por mais tempo. Ainda


ficam no foco a disputa pela formação da Ptax de final de mês no câmbio e as incertezas relacionadas ao aumento do IOF. Cálculos feitos por técnicos do mercado ouvidos pelo Broadcast mostram


que a alta do IOF é equivalente a uma elevação da taxa Selic dos atuais 14,75% para 23,07%. O custo efetivo total de uma operação de capital de giro de 30 dias que se renova mensalmente por


um ano sai de 23,68% - média apurada pelo Banco Central em março - para 32% ao ano, com o aumento do IOF anunciado pelo governo. Além do PIB, foi divulgado há pouco o resultado primário do


setor público de abril. Houve superávit de R$ 14,150 bilhões, o que ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de saldo positivo em R$ 18,750 bilhões. Ontem, o Ibovespa fechou


em baixa de 0,25%, aos 138.533,70 pontos. Às 11h24, caía 1,13%, aos 136.967,75 pontos, ante recuo de 11,6%, na mínima aos 136.925,72 pontos. Chegou a subir 0,07%, na máxima aos 138.637,35


pontos. Ações de maior peso na carteira - Vale e Petrobras - caiam perto de 1,00%. O petróleo cedia 0,40% e o minério de ferro fechou com recuo de 0,43% na China.