Disparos israelenses durante visita de diplomatas à cisjordânia gera indignação internacional

Disparos israelenses durante visita de diplomatas à cisjordânia gera indignação internacional


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O Exército israelense reconheceu nesta quarta-feira (21) ter realizado disparos "de advertência" durante uma visita de diplomatas estrangeiros organizada pela Autoridade Palestina


na Cisjordânia ocupada, o que provocou ampla condenação internacional. A Autoridade Palestina, que administra parcialmente a Cisjordânia ocupada, acusou as forças israelenses de terem


disparado "diretamente com munição real contra uma delegação diplomática credenciada" perto de Jenin, no norte da Cisjordânia, onde Israel lançou uma ofensiva militar. É + que


streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora O Exército israelense justificou o incidente pelo fato


de os diplomatas "terem feito um desvio do itinerário aprovado". "Os soldados do Exército israelense que operam na região realizaram disparos de advertência para


afastá-los", acrescentou, antes de lamentar o "incômodo causado". O porta-voz de António Guterres, secretário-geral da ONU, classificou o incidente de "inaceitável".


"Está claro que os diplomatas que estão fazendo o seu trabalho nunca devem ser alvos de disparos, atacados de nenhuma maneira, forma ou maneira", declarou o porta-voz Stéphane


Dujarric. A responsável pela diplomacia da União Europeia, a estoniana Kaja Kallas, afirmou que "qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável". Itália, França, Portugal,


Alemanha e Bélgica convocaram seus respectivos embaixadores em Israel ou disseram que tratariam da questão diretamente. O México pedirá "esclarecimentos" à embaixada de Israel


sobre os disparos durante a visita dos diplomatas, entre eles dois mexicanos. O Uruguai também indicou que convocaria a embaixadora de Israel e confirmou que seu embaixador fazia parte da


delegação em Jenin. O Egito denunciou os disparos como uma violação de "todas as normas diplomáticas", enquanto a Turquia exigiu uma investigação, bem como o Canadá. Segundo a


agência de notícias palestina Wafa, participavam da visita representantes de mais de 20 países, entre eles França, Reino Unido, Espanha, China, Rússia, Turquia e Egito. "Era a última


parte da visita e, de repente, ouvimos disparos que vinham do campo" de refugiados de Jenin, declarou à AFP um diplomata em condição de anonimato. "Não foi apenas uma ou duas


vezes. Foram como disparos repetidos. É uma loucura. Não é normal", acrescentou. O Ministério das Relações Exteriores palestino difundiu um vídeo que mostra duas pessoas vestidas com


uniformes do Exército israelense apontando uma arma para um grupo de diplomatas. No trecho, que a AFP ainda não pôde verificar de maneira independente, é possível ouvir muitos disparos.  Um


jornalista da AFP que se encontrava próximo do local confirmou ter ouvido disparos e conseguiu gravar o momento em que vários veículos diplomáticos se afastavam apressadamente do local.


"Havia um espanhol no grupo de diplomatas, que está bem. Estamos em contato com outros países afetados para coordenar conjuntamente uma resposta ao ocorrido, que condenamos


taxativamente", declarou o Ministério das Relações Exteriores da Espanha. O incidente acontece em meio à pressão internacional crescente sobre Israel por sua ofensiva implacável na


Faixa de Gaza. str/he-lba/mj/crb/cab/sag/avl/hgs/db/rpr/am Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente TAGS gaza palestinos conflito diplomacia cisjordânia espanha méxico israel