União europeia suspende sanções econômicas contra a síria

União europeia suspende sanções econômicas contra a síria


Play all audios:


Bloco alivia pressão contra o país, mas mantém veto a exportação de armas, bens e tecnologias que forem usados para alimentar conflitos internos.A União Europeia decidiu suspender as sanções


econômicas que aplicava contra a Síria, segundo informou a chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, nesta terça-feira (21/05). "Hoje, tomamos a decisão de suspender nossas


sanções econômicas contra a Síria", disse Kallas em um post no X. "Queremos ajudar o povo sírio a reconstruir uma Síria nova, inclusiva e pacífica." O bloco já havia discutido


o levantamento das sanções em fevereiro, para apoiar a recuperação econômica síria após mais de uma década de guerra civil que causou uma destruição generalizada no país. Entretanto, nem


todas as sanções da UE serão suspensas. Indivíduos e organizações com conexões com o regime de Bashar al-Assad, bem como os responsáveis por repressão brutal e violações dos direitos


humanos, permanecerão sob sanção. A UE também manterá suas restrições de exportação de armas, bens e tecnologias que forem usados para alimentar conflitos internos. O bloco ainda


"adotará medidas restritivas adicionais contra violadores dos direitos humanos e aqueles que estão alimentando a instabilidade na Síria", disse o comunicado. O presidente dos EUA,


Donald Trump, também prometeu levantar as sanções contra a Síria. O ministro das Relações Exteriores da Síria, Assad al-Shibani, disse em X que a decisão da UE reforçaria a segurança e a


estabilidade da Síria. "O governo sírio está pronto para aumentar os laços de colaboração com empresas e investidores europeus, promovendo um ambiente propício à revitalização econômica


e ao desenvolvimento sustentável", disse o ministério. Preocupação sobre rumos do novo governo Apesar do anúncio de terça-feira, ainda existe a preocupação em Bruxelas sobre o novo


governo sírio. Os temores foram destacados pelos recentes confrontos entre diferentes grupos domésticos. Recentemente, disputas religiosas e entre forças do governo e de milícias leais a


al-Assad voltaram a eclodir na região costeira do país. O novo governo é comandado por militantes do grupo islamista Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS),


um antigo braço da Al Qaeda considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pela Turquia. "Estamos dando uma chance ao regime sírio, mas esperamos uma


política inclusiva no país que inclua todos os grupos populacionais e religiosos", disse o novo Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul. Até o momento, a UE já


aliviou sanções relacionadas à energia, transporte e construção civil, bem como às transações financeiras associadas. gq (reuters, dpa) Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente