
Violência armada em estado mexicano força transferência de centenas de animais selvagens
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Cerca de 700 animais foram transferidos nesta terça-feira (20) de um santuário no estado de Sinaloa, no noroeste do México, para um rancho no litoral dessa mesma região, devido à violência
do crime organizado, informaram os administradores do refúgio. As espécies transportadas, que incluem elefantes, leões africanos, tigres de bengala, crocodilos e aves exóticas, permaneciam
até agora na instalação de resgate animal Ostok, localizada perto de Culiacán, a capital estadual. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários +
reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora Desde setembro, essa cidade é o epicentro de uma sangrenta guerra entre facções do violento Cartel de Sinaloa, que deixou mais de
1.200 mortos e 1.400 desaparecidos, segundo dados oficiais. Os administradores do santuário denunciaram à imprensa que são alvos de ameaças há meses, e sofreram o roubo de uma caminhonete e
equipamentos, além de terem sido vítimas de extorsão por parte de grupos criminosos. "Vamos embora porque corremos o risco de que aconteça algo com minha equipe e comigo", disse
Ernesto Zazueta, diretor do santuário e presidente da Associação de Zoológicos, Criadouros e Aquários do México (AZCARM, na sigla em espanhol). A decisão de mudar a fauna cativa também foi
tomada pelas graves dificuldades que a equipe do santuário enfrentou para alimentá-la, em meio a bloqueios rodoviários e enfrentamentos armados que ocorrem na região diariamente. A
realocação tem como destino um lugar chamado "Bioparque El Encanto", localizado no balneário de Mazatlán, na costa do Pacífico de Sinaloa, e que é de propriedade do empresário
local Raúl Villavicencio, detalhou Zazueta. O México tem um longo histórico de grandes felinos e outros animais exóticos encontrados em ranchos e mansões de narcotraficantes, que os adotam
como animais de estimação, mas depois os abandonam em meio à perseguição de autoridades ou grupos rivais. Desde setembro, autoridades federais apreenderam pelo menos 14 felinos em várias
buscas. Alguns deles foram apreendidos em operações, enquanto outros foram encontrados em casas abandonadas, que se acredita que foram usados como espaços para atividades criminosas.
str/jla/cjc/rpr Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente TAGS animais méxico crime narcotráfico