
Juíza dos eua diz que bloqueará medida de trump que impede estrangeiros de se matricularem em harvard
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Uma juíza americana suspenderá temporariamente os esforços do governo Trump para impedir a Universidade Harvard de matricular e hospedar estudantes estrangeiros, disse a juíza Allison
Burroughs em uma audiência em Boston nesta quinta-feira, 29. A eventual ordem "dá alguma proteção aos estudantes internacionais" enquanto Harvard e o governo se preparam para
apresentar seus casos, disse ela. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora HARVARD
REALIZA CERIMÔNIA DE FORMATURA EM MEIO AOS ATAQUES DE TRUMP A cerimônia de formatura de Harvard teve início nesta quinta-feira, 29, enquanto uma juíza americana anunciou que suspenderá
temporariamente os esforços do governo Trump para impedir a universidade de matricular e hospedar estudantes estrangeiros. A juíza Allison Burroughs afirmou, em uma audiência em Boston nesta
quinta-feira, que essa eventual ordem "dá alguma proteção aos estudantes internacionais" enquanto Harvard e o governo se preparam para apresentar seus casos. Estudantes e
acadêmicos vestidos com becas e capelos começaram a se reunir em frente ao imponente palco montado no campus para este típico evento universitário dos Estados Unidos, que pode atrair até
30.000 pessoas. Tradicionalmente marcadas por discursos emocionados, a cerimônia ocorre em meio à pressão inédita de Trump contra a instituição após sua decisão de proibi-la de admitir
estudantes estrangeiros, que representam 27% de seu corpo discente. Esta é uma das medidas recentes do republicano contra uma das universidades de maior prestígio do mundo, depois de
congelar fundos federais bilionários e ameaçar eliminar isenções fiscais. "Harvard está tratando o nosso país com grande desrespeito, e tudo o que está fazendo é se envolver em cada vez
mais problemas", disse Trump na quarta-feira. Ao contrário de outras universidades, Harvard recorreu aos tribunais para anular estas medidas, que, segundo o governo, visam combater o
antissemitismo e invalidar as políticas de diversidade, equidade e inclusão, consideradas como esquerdistas. O presidente de Harvard, Alan Garber, que foi muito aplaudido ao chegar à
cerimônia, reconheceu que a instituição de ensino superior tem problemas com o antissemitismo, mas também com a islamofobia, e que trabalha para garantir que uma variedade de pontos de vista
possa ser expressa com segurança no campus. No entanto, para ele, "o que é desconcertante é que as medidas que tomaram para resolver esses problemas nem sequer afetam as pessoas que,
segundo eles, são a causa desses problemas", disse ele à rádio NPR na terça-feira. O romancista Abraham Verghese, autor de "O Pacto da Água", será o orador da formatura e
receberá um diploma honorário. Antes da cerimônia, membros da banda de Harvard marcharam pelas ruas estreitas de Cambridge, Massachusetts, sede da universidade mais antiga dos Estados
Unidos. Da mesma forma, os estudantes trajados com becas caminharam pela cidade acompanhados de suas famílias tirando fotos, observaram correspondentes da AFP. Madeleine Riskin-Kutz,
estudante franco-americana de Letras, disse que alguns estudantes estavam planejando atos individuais de protesto contra as políticas de Trump. "A atmosfera (é) de que simplesmente
continuar alegremente com procissões e fanfarras é, por si só, um ato de resistência", disse a estudante de 22 anos. BATALHA JUDICIAL Diferentemente de outras universidades como
Columbia, em Nova York, que cedeu às exigências do presidente republicano, Harvard enfrentou Trump nos tribunais. Desde então, o centro educacional foi inundado com consultas de estudantes
estrangeiros que buscam transferir suas matrículas para outras instituições, segundo Maureen Martin, diretora de serviços de imigração da universidade, na quarta-feira. "Muitos
estudantes e acadêmicos estrangeiros relatam um mal-estar emocional significativo que afeta sua saúde mental e dificulta a concentração em seus estudos", escreveu Martin em um documento
judicial. Nesta quinta-feira, o "czar de fronteira" Tom Homan, que Trump encarregou de orquestrar uma política de deportação em larga escala, disse à imprensa na Casa Branca que
na busca por pessoas "que precisamos encontrar", o governo leva em consideração "os antecedentes criminais, registros de imigração, redes sociais, operações secretas,
vigilância". "Não prendemos ninguém por liberdade de expressão. Quero dizer, a liberdade de expressão é legal, mas também há um limite para isso", disse ele. O astro do
basquete e defensor dos direitos humanos Kareem Abdul-Jabbar comparou, na quarta-feira, a resposta do presidente de Harvard às "pressões ilegais e imorais" da "administração
tirânica" à ícone dos direitos civis Rosa Parks. (POR GREGORY WALTON / AFP) Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente TAGS