Venezuela diz ter 'plano secreto' para evitar sanções petrolíferas

Venezuela diz ter 'plano secreto' para evitar sanções petrolíferas


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A vice-presidente da Venezuela disse nesta sexta-feira (30) ter um "plano secreto" para dar um "novo impulso" à indústria petrolífera, após o fim das licenças que


permitiam a operação de multinacionais no país sul-americano, apesar do embargo americano vigente. A americana Chevron, a espanhola Repsol, a francesa Maurel & Prom e a italiana Eni —


que se viram beneficiadas por essas isenções — se expõem agora a sanções dos Estados Unidos se permanecerem no país. É + que streaming. É arte, cultura e história. + filmes, séries e


documentários + reportagens interativas + colunistas exclusivos Assine agora Até o momento, apenas a Chevron anunciou que está deixando a produção de petróleo na Venezuela. A vice-presidente


Delcy Rodríguez disse que este "plano secreto" foi encomendado à diretoria da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) durante uma reunião virtual com o presidente Nicolás Maduro e


outros altos funcionários da indústria. "Com esse plano secreto demos um novo impulso à produção e ao crescimento", acrescentou. "Damos boas-vindas [...] a nossos parceiros


internacionais, mas que podemos fazer isso sozinhos, podemos", frisou. Rodríguez já havia descartado na véspera uma queda de produção. No encontro, Maduro "examinou" as duas


empresas nas quais a Chevron aparece como sócia da PDVSA. "Nós temos uma equipe de alto nível que garante as operações 100% [...] com ou sem sócio", disse Ronald Marín, presidente


de uma delas, a Petropiar. Rodríguez comemorou que a Petropiar "teve seu maior marco de produção em todo o ano", embora não tenha apresentado esse número, uma constante do governo


venezuelano. A Venezuela produz cerca de um milhão de barris por dia, cerca de 200 mil através das empresas com a Chevron. A gigante americana não pode produzir petróleo na Venezuela, mas,


segundo meios de comunicação, pode manter equipes no país sob uma estreita licença supervisionada pelo Departamento do Tesouro. Maduro reiterou o convite a empresas estrangeiras para


investir em seu país. "Somos gente séria", disse. "Temos muita clareza sobre o cumprimento pleno do acordado, do assinado." "Mas a Venezuela não vai deter


ninguém", seguiu. "Para nós, ninguém tem que dar licença para respirar, para viver, para andar, para caminhar, para existir." jt/mbj/nn/rpr/am