
Pan quer estatuto jurídico dos animais para não serem tratados como mercadorias
- Select a language for the TTS:
- Brazilian Portuguese Female
- Brazilian Portuguese Male
- Portuguese Female
- Portuguese Male
- Language selected: (auto detect) - PT
Play all audios:

"Achamos que a lei tem de acompanhar a evolução científica e educar as pessoas. Educar no sentido de explicar que os animais não são coisas, não são mercadoria, são animais com
consciência e para com os quais temos responsabilidades", disse à agência Lusa a candidata do PAN às legislativas do próximo domingo. Bebiana Cunha defendeu que com a aprovação deste
estatuto os animais estariam "muito mais protegidos", argumentando que a atual lei de criminalização dos maus-tratos "foi um passo na proteção animal, mas um passo ainda
reduzido". A responsável do PAN explicou que se um animal for abandonado mas recolhido por uma associação, a pessoa que abandonou não é responsabilizada e também criticou o facto da lei
"se limitar a animais de companhia", o que deixa de fora por exemplo os "muitos cavalos que estão negligenciados" no país. A par e em complemento desta medida, o PAN
quer abolir os espetáculos com sofrimento ou morte de animais, e terminar com o financiamento público às touradas, circos e caça desportiva. Defender o fim dos canis de abate é outra das
propostas do PAN que assim estima "salvar a vida de 100.000 animais por ano". A cabeça de lista pelo Porto falava numa visita ao canil da Trofa, escolhido, explicou Bebiana Cunha,
por ser "um bom exemplo", uma vez que tem como principal política o "não abate", tendo registado em 2014 cerca de 300 adoções de animais, um número que deverá aumentar
este ano, uma vez que atualmente foram adotados 209. O "controlo da população animal" faz parte das propostas do PAN e na Trofa, distrito do Porto, este partido quis provar que
"é possível tratar dignamente os animais, recolhendo-os, dando-lhes condições de afeto e preparação de políticas de adoção eficazes". A este respeito, uma das propostas do PAN
passa pela "cooperação entre todos", referindo-se a canis, municípios, autarquias locais, associações civis e voluntários. "Um dos problemas dos municípios do distrito do
Porto é a recusa de colaboração com as associações ou com voluntários. Mas na causa de proteção animal existem, efetivamente, pessoas que trabalham pela causa e querem dar melhores condições
aos animais, encontrar famílias responsáveis. Uma família sem um animal, não é uma família completa", concluiu Bebiana Cunha. Lusa/SOL