Parlamento francês aprova prolongamento de estado de emergência

Parlamento francês aprova prolongamento de estado de emergência


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O presidente François Hollande impôs o estado de emergência pouco depois dos atentados, que causaram 129 mortos e mais de 350 feridos. 


"O estado de emergência declarado pelo decreto de 14 de novembro de 2015", no dia seguinte aos ataques, "é prolongado por um período de três meses a partir de 26 de novembro" próximo, ou


seja, até 25 de fevereiro à meia-noite, de acordo com o texto adotado pelos deputados. 


O partido Os Republicanos (LR), principal formação de oposição de direita, defendia um prolongamento de seis meses do regime de exceção. 


O estado de emergência permite às forças de segurança recorrer a meios suplementares para lutar contra a ameaça terrorista que vai continuar, sublinhou na segunda-feira Hollande. 


"A luta contra o EI [grupo extremista Estado Islâmico] vai mobilizar os nossos recursos ainda durante muito tempo na frente externa, e no terreno interno", disse perante os deputados,


reunidos no Congresso, em Versailles. 


Este dispositivo, anunciado pelo governo, alarga a margem de manobra das forças de segurança em questão de detenções domiciliárias, prolongamento da detenção preventiva relacionada com


ameaças de terrorismo e em matéria de buscas. 


O regime das detenções domiciliárias pode ser aplicado a qualquer pessoa cuja comportamento possa ser suspeito de constituir uma ameaça à segurança e ordem públicas. 


A Assembleia nacional também aprovou uma emenda, apresentada pela direita, que possibilita o recurso à pulseira eletrónica para controlar pessoas em detenção domiciliária.