
Coordenador antiterrorista da ue pede registo de passageiros até ao fim do ano
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Há muito defendido por vários países membros e pelo coordenador antiterrorista, Gilles de Kerchove, o registo de dados dos passageiros de avião (PNR, do inglês Passenger Name Record) tem
sido crescentemente pedido desde os atentados de 13 de novembro em Paris, que fizeram 130 mortos. O sistema tem estado bloqueado no Parlamento Europeu (PE), que exige garantias da proteção
desses dados, recolhidos pelas companhias aéreas durante o processo de reserva e registo – nome, data e itinerário, morada e número de telefone, número de cartão de crédito – e que passariam
a ser transmitidos às autoridades. Kerchove, que se reuniu hoje em Barcelona com o ministro do Interior espanhol, Jorge Fernandez Díaz, afirmou que o PNR é "uma ferramenta
essencial". "Espero que o Parlamento Europeu possa chegar a um acordo antes do fim do ano sobre um PNR eficaz", disse à imprensa. Para o ministro espanhol, o sistema é também
"uma necessidade imperiosa" e há uma base de acordo "suficiente" para desbloquear o registo no PE. Os dois responsáveis defenderam igualmente a necessidade de uma
"revisão pontual" das regras do espaço de livre circulação europeu Schengen, que permita reforçar a segurança das fronteiras tornando "sistemáticos" os atuais controlos
"temporários ou esporádicos". Ambos os temas vão voltar a ser analisados pelos ministros do Interior da UE numa reunião prevista para quinta-feira. Lusa/SOL