
Crianças de 6 a 14 anos utilizam youtube, tiktok e whatsapp. Mas a televisão continua com forte presença
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O estudo “Alphaverso – Descodificando a geração do Futuro” do Grupo IPG Mediabrands analisou os interesses, COMPORTAMENTOS E RELAÇÃO DAS CRIANÇAS PORTUGUESAS COM A TECNOLOGIA, MÉDIA E O
UNIVERSO DIGITAL, COM FOCO EM CONTEÚDOS E MARCAS. A investigação focou-se na geração Alpha, para crianças nascidas depois de 2010 e teve como objetivo “SUPRIR UMA IMPORTANTE LACUNA DE
INFORMAÇÃO ATUALIZADA SOBRE ESTE IMPORTANTE GRUPO-ALVO, DESCONSTRUINDO GENERALIZAÇÕES E IDEIAS PRECONCEBIDAS QUE ASSUMEM QUE AS CRIANÇAS SÓ SE INTERESSAM POR TECNOLOGIAS, só querem olhar
para ecrãs, vivem em função do smartphone, só convivem online e já não se interessam por outras atividades”, refere o documento. Apesar das crianças desta faixa etária terem nascido e
crescido num mundo digital e manterem uma relação forte com as tecnologias, os seus comportamentos e motivações apresentam diferenças significativas. ESSAS DIFERENÇAS ACABARAM POR SER
IDENTIFICADAS E AGRUPADAS EM QUATRO PERFIS DISTINTOS QUE MOSTRAM A DIVERSIDADE DE INTERESSES E ATITUDES DO GRUPO. O primeiro grupo foi designado por THRILL SEEKERS, AQUELES QUE GOSTAM DE
DESAFIOS E SUPERAÇÃO, que procuram emoções na relação com as tecnologias e conteúdos, destacando-se a procura de videojogos, assim como vídeos, séries e filmes. Os THEME ENTHUSIASTS É O
PERFIL DE CRIANÇAS FOCANDO OS INTERESSES EM TEMAS OU PAIXÕES ESPECÍFICAS, usando a tecnologia para explorar esse gosto, assim como associar-se às respetivas comunidades online. Depois existe
o PERFIL CREATIVE, QUE SÃO MOTIVADOS PELA EXPRESSÃO CRIATIVA, PROCURANDO TUTORIAIS E CONTEÚDOS QUE ESTIMULAM A CRIATIVIDADE. Muitas vezes, estas crianças procuram produzir os seus próprios
conteúdos. Por fim, os SOCIALIZERS, QUE UTILIZAM A TECNOLOGIA PARA SE MANTER EM CONTACTO COM A SUA COMUNIDADE, SEJA ONLINE COMO OFFLILNE. Procuram um espaço no digital para fortalecer esses
laços e encontrar os seus pares. > Os dados indicam que 92% das crianças utilizam a internet, 88% > assistem a televisão, 83% fazem videochamadas e 80% assistem a > vídeos online. A
partir dos 10 anos, esses níveis de consumo e > autonomia aumentam. A televisão e o smartphone são os equipamentos mais desejados pelos mais novos, mas também aqueles que são mais usados
no dia-a-dia. O USO DOS SMARTPHONES INTENSIFICA-SE A PARTIR DOS 8 ANOS, MAS APENAS COM 10 SE VERIFICA COMO A IDADE MÉDIA PARA ACESSO AUTÓNOMO OU COM EQUIPAMENTOS PRÓPRIOS. O estudo indica
que as crianças apresentam um consumo de meios abrangente e regular, com destaque para o alcance dos meios digitais e da televisão, tanto para os canais convencionais como as plataformas de
streaming. O YOUTUBE, TIKTOK E WHATSAPP SÃO AS PLATAFORMAS QUE LIDERAM AS PREFERÊNCIAS. 49% DAS CRIANÇAS TÊM AUTONOMIA PARA ESCOLHER O QUE DESEJAM ASSISTIR NO YOUTUBE, JÁ 83% UTILIZAM AS
REDES SOCIAIS DE FORMA INDEPENDENTE. Já a utilização de videojogos revela maior controlo parental, sendo que apenas 14% das crianças têm a liberdade de jogar livremente, sem acompanhamento
dos adultos. A TELEVISÃO CONSEGUE SOBREPOR-SE AO MUNDO ONLINE NO QUE DIZ RESPEITO AO RANKING DAS ATIVIDADES MAIS REFERIDAS PELOS PAIS, COMO PARTE DO QUOTIDIANO DOS SEUS FILHOS. A internet e
os videojogos destacam-se aos fins-de-semana, mas a televisão mantém uma presença mais constante, sendo vista por 84% tanto durante a semana, como ao fim-de-semana. Sobre as fontes de
informação que as crianças mais valorizam e influenciam as suas decisões e pedidos dos adultos, o estudo indica que a partilha com amigos e colegas é a principal fonte. SEGUE-SE A
COMUNICAÇÃO ONLINE E TELEVISÃO. A COMUNICAÇÃO NA TV É MENCIONADA PELOS PAIS DE CRIANÇAS MAIS NOVAS, MAS O ONLINE É REFERIDA NAS CRIANÇAS MAIS VELHAS. TAMBÉM OS ANÚNCIOS, SEJAM EM TELEVISÕES
COMO ONLINE, DESTACAM-SE COMO FONTES DE INSPIRAÇÃO. Já quando brincam sozinhas, seja durante a semana em casa ou nos fins-de-semana, são as tecnologias que ocupam mais espaço. OS MENINOS A
PARTIR DOS 9 ANOS SÃO OS QUE MAIS BRINCAM SOZINHOS E USAM TECNOLOGIAS NESSES MOMENTOS, SEJA A JOGAR NA CONSOLA, OU NO USO DO TELEMÓVEL, COMPUTADOR OU TABLET. As meninas, apenas a partir dos
11 anos, afirmam que gostam de fazer essas atividades sozinhas, como ver vídeos, filmes, séries, usando ainda o telemóvel e redes sociais. O estudo do Grupo IPG refere que os meninos, de uma
faixa etária mais velha, ajudam a impulsionar a utilização em casa junto dos adultos, apresentando as novidades tecnológicas à família e a influenciarem o consumo. Já os pais demonstram uma
consciência crescente sobre o papel da tecnologia na vida das crianças. “O MUNDO DIGITAL E OS TELEMÓVEIS SÃO ALVO DE PAIXÃO E INTEGRAM A ROTINA DAS CRIANÇAS. MAS AO MESMO TEMPO QUE
REPRESENTAM UMA PAIXÃO PARA AS CRIANÇAS E UM AUXÍLIO INDISPENSÁVEL PARA OS PAIS, REPRESENTAM TAMBÉM UMA PREOCUPAÇÃO, SENDO, PORTANTO, ALVO DE CONTROLO”. Apesar de apresentarem uma
convivência com diferentes estilos de parentalidade, sejam mais controladores ou permissivos, a GRANDE MAIORIA DOS PAIS ASSUME QUE UTILIZA SOLUÇÕES PARA MONITORIZAR E CONTROLAR O ACESSO DAS
CRIANÇAS À TECNOLOGIA e em menor grau, o uso no rastreamento da localização das suas crianças. “COM ESTE ESTUDO, CONSTATÁMOS QUE AS CRIANÇAS ENCARAM DESDE CEDO A TECNOLOGIA COMO UMA
FERRAMENTA COM UMA FUNÇÃO TRANSVERSAL IMPORTANTE PARA O SEU ENTRETENIMENTO, MAS TAMBÉM COM UMA FORTE COMPONENTE DE INSPIRAÇÃO, CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES, ATUALIZAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO”,
menciona Rui Almeida, Diretor de Insights do Grupo IPG Mediabrands. Acrescenta que compreender o que as motiva, como interagem com as plataformas e conteúdos, permite definir estratégias de
marketing mais eficazes para alcançar este público.