Ifood não vê problema em cobrança de lula e quer negociar com governo

Ifood não vê problema em cobrança de lula e quer negociar com governo


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PRESIDENTE DIZ QUE VAI PRESSIONAR POR UMA REGULAMENTAÇÃO DOS ENTREGADORES DA PLATAFORMA NO PAÍS O diretor de políticas públicas do IFOOD, JOÃO SABINO, afirmou em entrevista à CBN que não viu


problemas em relação à cobrança do presidente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA por uma regulamentação dos entregadores da plataforma no país. As críticas de Lula foram feitas no lançamento pelo


governo de uma nova categoria profissional, destinada aos motoristas autônomos de transporte individual, que trabalham por aplicativo. Após um ano de conversas, os entregadores de alimentos


ficaram de fora da regulamentação. IFood não vai sair do Brasil O que muda no trabalho por aplicativo? Análise: Projeto para motoristas de app testará capacidade do governo em atrair


bolsonarista Em entrevista à VERA MAGALHÃES no VIVA VOZ, Sabino disse que “o presidente está defendendo prioritariamente os trabalhadores e é assim que tem que ser”. O diretor ressaltou que


a empresa está sempre à disposição e que há abertura e diálogo com o governo federal. Segundo o diretor, governo e empresa tiveram posições divergentes e chegaram a um impasse, mas afirmou


que continuará negociando e chegará a um acordo em breve. O diretor afirmou que o modelo de previdência de motoristas não pode ser replicado para os entregadores. Apesar de serem categorias


parecidas em muitas coisas, elas guardam diferenças bastante significativas, principalmente com relação aos ganhos nominais. "Um motorista de aplicativo ganha em termos de valor


nominalmente muito mais alto. Consequentemente, ele atinge o piso mínimo da contribuição previdenciária também muito mais fácil e vai ser incluído na previdência. Quando você olha para o


universo dos entregadores, você tem um trabalhador que o nível de dedicação dele à plataforma é menor porque existe uma sazonalidade na entrega de comidas. [...] Logo, os ganhos deles são


menores nominalmente. Também, o valor de uma entrega é menor do que o valor de uma corrida de carro, até porque os custos são menores. A consequência disso é que atingir o piso mínimo para


estar na previdência é muito mais difícil para o entregador". À CBN, Sabino afirmou que a proposta que estava sendo discutida antes das negociações emperrarem previa uma tributação que


era pelo menos o dobro da atual. E que, no modelo proposto pelo governo, o trabalhador que ganha menos, paga mais imposto. “Esse é o principal ponto de desacordo”, diz.