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Inteligência artificial é realidade na indústria de petróleo
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EM UMA INDÚSTRIA QUE LIDA COM A CONSTANTE BUSCA POR AMPLIAR A SEGURANÇA E REDUZIR CUSTOS, SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS DESSE TIPO TÊM SE TORNADO FUNDAMENTAIS E SÃO TAMBÉM ALIADAS NA BUSCA POR
REDUZIR EMISSÕES DE CARBONO O uso de ferramentas de INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ganhou os holofotes no começo de 2023 com a ferramenta do chatbot CHATGPT. O software utiliza a ferramenta de
aprendizado de máquina para responder a perguntas dos usuários. Essas tecnologias, no entanto, já são usadas no setor de PETRÓLEO e GÁS há anos. Em uma indústria que lida com a constante
busca por ampliar a segurança e reduzir custos, soluções tecnológicas desse tipo têm se tornado centrais e são consideradas como aliadas na busca por reduzir emissões de carbono. O
aprendizado de máquina usa algoritmos matemáticos para ensinar uma máquina a desempenhar uma tarefa e a buscar novas soluções. No caso da PETROBRAS, por exemplo, essa tecnologia está
presente em todos os segmentos de negócio da companhia, com diferentes níveis de maturidade. Na área de exploração e produção, a estatal desenvolveu um painel de análogo de reservatórios. A
ferramenta viabiliza a escolha automática de zonas de produção, por meio de informações obtidas em reservatórios semelhantes. De acordo com a companhia, processos que antes levavam até um
mês para serem concluídos passaram a ser finalizados em poucos dias. Outro exemplo é o uso de uma ferramenta para análise automática do grau de corrosão em plataformas de produção em alto
mar. O projeto, atualmente em estágio de implantação, ajuda a acelerar e padronizar processos de inspeção. A estatal tem ainda uma iniciativa para uso de dados históricos adquiridos em
sensores para detectar eventuais problemas que levam à redução de produção e escoamento de petróleo e gás. Com isso, é possível detectar novas ocorrências a tempo de acionar eventuais
medidas de contenção e evitar a redução da produção. EQUIPAMENTOS MAIS "INTELIGENTES" O desenvolvimento dessas tecnologias faz parte do avanço da digitalização da indústria de
petróleo e gás. Com a aplicação de sensores e o aumento da automação, os equipamentos passaram a ficar mais "inteligentes" e fornecer dados que permitiram o avanço de novas
tecnologias. No setor privado, uma parceria entre as petroleiras REPSOL SINOPEC e a SHELL BRASIL e a prestadora de serviços DEEP SEED SOLUTIONS está desenvolvendo um software que usa a
inteligência artificial para prever todas as possibilidades de ENGENHARIA CONCEITUAL para desenvolver um campo. O sistema, chamado FLOCO, cria múltiplos conceitos de desenvolvimento para uma
área a partir de informações como a qualidade do óleo e a quantidade de poços previstos para o campo. Na etapa da produção, uma prestadora de serviços que provê soluções tecnológicas desse
tipo para o mercado de petróleo é a SHAPE, controlada pelos grupos MODEC e MITSUI. A companhia fornece manutenção preditiva, ou seja, consegue antecipar eventuais problemas e evitar paradas
de produção por meio da análise do histórico de uma plataforma. > “No setor de óleo e gás, com plataformas a muitos quilômetros > da costa, em um ambiente hostil, a manutenção é
complexa, cara, > difícil, perigosa, então ter soluções digitais para facilitar > esse processo faz todo sentido”, diz o vice-presidente global de > vendas e marketing da startup
Shape, Henrique Domakoski. O executivo lembra que reduzir o número de paradas não programadas é crucial nesse setor em que cada dia de produção a menos significa perda de receitas. “Olhando
o histórico, é possível entender a razão por que um problema aconteceu. A inteligência artificial e o aprendizado de máquina servem para isso, para conseguir ser mais assertivo nessa leitura
do futuro”, diz. A companhia fornece soluções de MANUTENÇÃO PREDITIVA em seis navios-plataforma (FPSOs) que operam na costa brasileira e que são responsáveis por 20% da produção total do
país. > “Na prática, como conseguimos antever um problema antes que > aconteça, reduzimos, em média, 10% das paradas não programadas > que iriam ocorrer na operação desses FPSOs.
Isso equivale, > anualmente, a um valor de US$ 150 milhões, considerando a > produção média dessas plataformas e o preço médio do > petróleo”, diz. Segundo Domakoski, está nos
planos da empresa passar a oferecer soluções similares na outra ponta da cadeia, o REFINO. “A nível global, o mercado de manutenção preditiva vai atingir, aproximadamente, US$ 30 bilhões em
investimentos em 2026. É um crescimento de cerca de 30% ao ano”, afirma.