Buega gadelha nega desvio de recursos federais para projetos de cultura

Buega gadelha nega desvio de recursos federais para projetos de cultura


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 _Por Ângelo Medeiros e Wallyson Costa / Portal WSCOM_ O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Buega Gadelha, declarou em entrevista coletiva concedida no


início da noite desta quinta-feira (21), que ainda não conseguiu compreender o motivo de ter sido alvo das investigações da “Operação Fantoche”, desencadeada esta semana pela Polícia Federal


(PF). Ele relatou que se apresentou voluntariamente à Superintendência da PF, em Brasília (DF), para prestar esclarecimentos e que não foi obrigado pela Justiça a deixar o comando da Fiep.


Buega Gadelha disse que a investigação era fato “inédito” e “surpreendente” em mais de 23 anos de trabalho na Presidência da Federação das Indústrias da Paraíba. O dirigente afirmou que


ficou sabendo dos fatos por meio da imprensa e que, sequer, teve acesso ao inquérito aberto pela Polícia Federal. Na terça-feira (19), o dirigente chegou a se apresentar à PF, mas foi


liberado horas depois. Ele revelou como foram os momentos em Brasília.   “Procurei entender um pouco do que estava ocorrendo depois do ocorrido. As notícias relataram que se tratava de


recursos que tinham sido desviados do Ministério do Turismo e da Cultura. Mas, quero dizer a vocês que o Sesi da Paraíba não tem nenhuma ligação com tais ministérios. Nunca recebeu um real


sequer desses órgãos. Então, é por essa razão que não sei porque estou envolvido nisso tudo”, frisou. Buega Gadelha ainda afirmou que não foi afastado da Presidência da Fiep por determinação


judicial, conforme chegou a ser divulgado por alguns veículos de comunicação. Ele disse que foi recomendado a se licenciar do Serviço Social da Indústria (Sesi) na Paraíba por um período de


90 dias, mas, que também pretende pedir licença espontaneamente da Fiep, nos próximos dias, para que sua presença na sede do Sistema S não atrapalhe o processo investigativo. SEM DESVIOS NA


CULTURA Buega Gadelha também adiantou que já entregou à PF todos os documentos existentes na sede da Fiep, relacionados a programas culturais do Sesi. Ele negou ainda interferência do


Departamento Regional do Sistema na execução, licitação e pagamento dos programas Sesi Bonecos do Mundo e Sesi Bonecos do Brasil, apontados como rotas de desvios de recursos pela Operação


Fantoche”.    “Esse programa não é da minha conta, mas é de meu rosário. Nós, não licitamos ou pagamos por esse programa. Isso é feito pelo Departamento Nacional do Sesi. Nós tivemos a


oportunidade de ver como isso foi feito com todo brilhantismo. Acompanhamos as apresentações na Lagoa, mas o Sesi Bonecos do Mundo e Sesi Bonecos do Brasil nunca foram executados pelo


Departamento Regional da Paraíba, é um planejamento do Departamento Nacional. A nossa colaboração foi simplesmente de parceiro, um facilitador das execuções local, sem nos responsabilizarmos


por pagamentos ou contratações”, explicou.   Buega Gadelha também confirmou que o Sesi tem contrato de parceria para execução de programas culturais com as empresas Aliança Comunicação e


Instituto Origami, citados na “Operação Fantoche”. “A Aliança fez um programa conosco desde 2004, que o Cine Sesi Cultural, e em 2018 fizemos o último programa com a Aliança/Origami, que não


sei separar bem”, detalhou. Porém, explicou em seguida: “A investigação engloba os departamentos regionais do Sesi, que executaram programas culturais, quando se pensava que fossem por


recursos do Ministério da Cultura e do Ministério do Turismo. Mas, na realidade, são recursos do caixa próprio do Departamento Nacional do Sesi. Havia uma dúvida que esses recursos poderiam


ter sido repassados dos ministérios para o Sesi, portanto, por essa razão quem executou os programas culturais foi envolvido [na investigação]”.    [embedded content] CONSCIÊNCIA LIMPA Buega


Gadelha rechaçou ainda que o Sistema S tenha uma ‘Caixa Preta’, e revelou que todas as movimentações financeiras são divulgadas com transparência, através de balancetes mensais.  “Não


acontece nada disso, pelo contrário, é o sistema mais aberto que existe. A cada mês mandamos um balancete para os conselheiros, que tem representantes do Ministério do Trabalho, das Centrais


Sindicais, dos empresários, tem o superintendente e o diretor do Sesi. Entregamos tudo para análise com uma semana de antecedência”, lembrou.  Por fim, Buega Gadelha voltou a destacar a


lisura dos contratos de fomento cultural formalizado pelo Sistema S, reafirmou que mantinha a consciência tranquila sobre todos os atos executados em mais de duas décadas como dirigente, e


deixou um recado para os servidores, usuários e parceiros. “Queria dizer a todos os colaboradores que podem ficar tranquilos que, Francisco de Assis Benevides Gadelha não tem nenhuma culpa


no cartório dentro desse processo. Nós estamos paralelamente, porque acredito que essa empresa realizou muitos trabalhos para o Sistema S e também para o Ministério do Turismo e da Cultura,


mas não dentro do Sistema S. Não existiu qualquer projeto com recurso do Ministério do Turismo ou da Cultura”, concluiu.