Hospitais privados do rio têm ocupação de 90% nos leitos de covid, diz associação de hospitais do estado - diário do rio de janeiro

Hospitais privados do rio têm ocupação de 90% nos leitos de covid, diz associação de hospitais do estado - diário do rio de janeiro

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A taxa de ocupação de leitos para Covid-19 no Rio chegou a 90% na rede privada. Atualmente, o estado está a 13 dias da última etapa do plano de flexibilização, a chamada Fase Conservadora.


“_Após o feriado de 7 de setembro, começamos a notar um aumento na procura de pacientes com sintoma de Covid-19. Dos leitos ofertados atualmente para Covid-19, a gente está com 90% de


ocupação_“, GRACCHO ALVIM, PEDIATRA E DIRETOR DA ASSOCIAÇÃO DE HOSPITAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, relatou ao PORTAL DE NOTÍCIAS G1. Segundo ele, são cerca de 500 leitos destinados à


Covid na rede privada e aproximadamente 450 deles estão ocupados. Na rede SUS do município, que inclui leitos de UTI nas unidades municipais, estaduais e federais, o percentual de ocupação é


de 75%. Já nas enfermarias, a taxa é de 57%. Alvim explica que o pior momento da pandemia no Rio foi em maio, com ocupação de 97% na rede privada. Naquela época, as cirurgias eletivas


estavam suspensas e todos os leitos eram destinados para tratamento da Covid-19 ou para urgências e emergências. Em julho, houve diminuição na taxa de contágio e, no começo de agosto, a taxa


de ocupação caiu significativamente, chegando a 30%. Sem demanda, os leitos Covid foram transformados em leitos para emergências e para outros procedimentos como cirurgias, por exemplo.


Apesar da taxa de 90%, Alvim explica que é mais fácil gerenciar a oferta e procura na rede particular do que na rede pública. “_A rede privada tem a capacidade de regular o leito Covid de


acordo com o crescimento da doença. Se a gente tem um crescimento exponencial e precisa do dobro de leitos, a gente tem condições de destinar aqueles leitos que não são Covid e


transformá-los em Covid. Tem um hospital que no início de agosto estava com 3 pacientes de Covid. Hoje tem ele tem 35. Ele teve que reabrir mais duas UTIs para poder atender esses


pacientes_”. Alvim explica, no entanto, que a maior preocupação é quanto ao aumento no contágio de crianças. Nesta semana, foi autorizado o retorno às aulas presenciais na rede particular de


ensino. “_As crianças estavam reclusas. Agora elas saem, vão à praia. Percebemos um aumento de contágio e de internação de crianças. O grande problema é que os leitos de CTI pediátrico são


escassos. São poucos. A gente não tem uma oferta tão grande porque por muitos anos as crianças estavam saudáveis_”, explica Alvim, que não soube precisar o percentual. “_Obviamente, o que


nos preocupa também é que atualmente não temos mais os hospitais de retaguarda, que são os hospitais de campanha. Isso é uma preocupação também, porque vai existir um maior fluxo dentro da


rede privada_”, ele completou. Para o médico, a expectativa é de aumento nos casos de Covid no Rio, principalmente por causa da aglomeração nas praias, que têm ficado lotadas nos últimos


fins de semana e feriados.