
Juiz dos eua cancela julgamento criminal previsto contra boeing por acidentes
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Um juiz federal dos Estados Unidos cancelou nesta segunda-feira (2) o julgamento marcado para o fim de junho contra a Boeing em Fort Worth, Texas, dez dias depois do anúncio de um acordo
entre o grupo e o governo sobre os acidentes fatais de 2018 e 2019. O juiz Reed O'Connor, que ainda não aprovou nem rechaçou o acordo, solicitou às famílias das vítimas desses acidentes
— que deixaram quase 350 mortos — que apresentem seus comentários sobre o acerto extrajudicial antes de 18 de junho, e à Boeing que respondesse antes de 25 de junho. Nessas circunstâncias,
cancelou no domingo o julgamento que havia programado para 23 de junho. Se o juiz acabar rejeitando o acordo entre a gigante aeroespacial e o governo, o caso poderia finalmente ir a
julgamento. O juiz rejeitou em dezembro de 2024 um acordo de processamento diferido (DPA, na sigla em inglês) alcançado entre a Boeing e o Departamento de Justiça em julho do ano passado,
por questões formais. Mas, em março, surpreendeu a todos ao marcar uma data para um julgamento e colocou as partes sob pressão, que finalmente anunciaram um acordo em 23 de maio, que busca
encerrar definitivamente o processo. Como parte desse acerto, a Boeing deveria admitir que tentou "obstruir e obstaculizar" o trabalho da agência reguladora do setor de aviação nos
Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), segundo um documento publicado nesse mesmo dia. A gigante americana também teria que pagar 1,1 bilhão de dólares (R$ 6,26 bilhões, na cotação
atual), incluindo 444,5 milhões (R$ 2,5 bilhões) a um fundo de compensação para as famílias das vítimas dos acidentes registrados, um montante que já havia sido liquidado em virtude de um
acordo inicial de compensação por danos alcançado em 2021. O valor restante é dividido em uma multa de US$ 244 milhões (R$ 1,38 bilhão) e US$ 455 milhões (R$ 2,59 bilhões) para fortalecer os
programas internos de segurança, qualidade e cumprimento de normas da empresa sediada na cidade de Seattle, no estado de Washington. elm/tu/eb/llu/mr/rpr/am