
Álvaro beleza diz ser "jovem para papa, mas velho para secretário-geral"
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O dirigente do Partido Socialista (PS) Álvaro Beleza mostrou-se disponível “para ajudar” o partido no que for preciso, incluindo “colar cartazes”, mas rejeitou entrar na corrida a
secretário-geral, no rescaldo da demissão de Pedro Nuno Santos, depois do resultado obtido nas eleições legislativas antecipadas. “Estou disponível para ajudar o PS naquilo que precisar de
mim, a colar cartazes ou o que for preciso. Quanto a secretário-geral, ainda hoje dizia a um amigo meu que percebi – e penso que muitos perceberam – que ainda sou jovem para ser Papa, mas
talvez um bocadinho velho para ser secretário-geral”, disse, em declarações à SIC Notícias. O socialista apontou ainda que, na sua ótica, “a questão fundamental não é o secretário-geral”,
lacuna que deverá ser resolvida “tranquilamente no partido”. “A questão fundamental é que o PS tem de ser parte da solução e tem de estar disponível para, com a AD e o Governo da AD, fazer o
que tem de ser feito e acordar o que é necessário a bem do regime e do país, e que a AD não necessite de conversar à sua Direita. […] Se assim for, o país ganhará com isso e acho que os
portugueses irão premiar tanto o PS, como a AD”, justificou. É que, como recordou, “Luís Montenegro tem aquele problema da música do Marco Paulo ‘Eu Tenho Dois Amores’”, uma vez que “só faz
maioria ou com o PS ou com o Chega”. Pedro Nuno Santos deixará de ser secretário-geral do PS já no sábado, na sequência da Comissão Nacional, e será o presidente do partido, Carlos César, a
assumir interinamente a liderança socialista. Quem poderá assumir o cargo? Notícias ao Minuto com Lusa | 08:53 - 20/05/2025 “Essa é a decisão que espero que seja patriótica da AD. O que está
em causa aqui é o regime em Portugal”, disse. Álvaro Beleza ressalvou que Pedro Nuno Santos “não é o único culpado” da situação em que o partido se encontra, já que “toda a gente comete
erros”. “Pedro Nuno Santos vai agora fazer a sua vida pessoal, vai afastar-se um pouco disto, mas é muito novo e ainda poderá voltar à política. Todos cometemos erros. Eu cometi, ele
cometeu. Ele não é o único culpado. Toda a gente comete erros. O PS esteve oito anos no Governo e também cometeu erros. Aliás, parte do desgaste do que está a acontecer também tem a ver com
erros que se cometeram no passado”, considerou. Recorde-se que, no discurso em que assumiu a derrota das eleições legislativas antecipadas, Pedro Nuno Santos anunciou ter pedido ao
presidente do partido a convocação para sábado da Comissão Nacional para que haja eleições internas, às quais não vai recandidatar-se. Segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos
contados da emigração, o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos. Surge, assim, quase empatado com o
Chega. Em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano. Leia Também: À saída de Belém, Pedro Nuno Santos deseja rápida
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